Além das horas
O tempo não para só porque você teve um dia ruim; ele não quer saber de sua história; não se comove com suas lágrimas de pitanga, sorvete ou crocodilo. Ele não tem um lenço no bolso, do terno Italiano, xadrez, para enxugá-las, e se tivesse seria um upgrade.
Tanto faz! A vida segue o curso dos acontecimentos sem remorso ou sombra de dúvida. Por que o espanto? Você é mais um rosto estampado no tecido social, e sua condição abastarda não atrasa o relógio para aproveitar os despojos da cobiça; também, não adianta as horas para amenizar a dor da miséria.
O tempo é comum de dois, como aproveitá-lo é questão de concurso público; assinale a alternativa correta, e a meritocracia vira crachá funcional. Por que as opções são tentadoras, parecem certas, e confundem a mente. Mas não se engane! Sempre terá uma casquinha de banana, uma resposta dúbia; ético ou não, o Problema é seu!
A tragédia humana é uma questão de tempo, e o tempo não tem limites, nem derivadas, menos ainda, integral; e, não sabe voltar. Mesmo porque não se utiliza uma tabela matemática para tomar decisões pessoais; nenhuma pesquisa operacional é aplicada aos métodos complexos do pensamento humano. Cada indivíduo analisa a sua vida conforme as escolhas, mas sem focar nos resultados; muitas vezes, desastrosos.