A Lua
O que se sabe é o que se ouve por aí; andam com medo os homens, se escondendo, e é sim pra tanto!
Mas, nessa balbúrdia toda cabe também raciocinar, então, penso cá comigo e trago à tona a lebre centenária: que porra (quem me conhece vai levar um susto) de país é esse?
Bom, aí paro e concluo que não é dos piores não!
Tem, como todos os países, um monte de coisas erradas, uma enormidade de picaretas, mazelas pra dar com pau, no entanto, tendo a mesma idade que os outros, é um dos três principais países da América, sendo sem dúvida o mais importante da América Latina.
Diferentemente do que se afirma, por exemplo, falando um pouquinho de História, teve - e não deveria ter tido nenhum dia - 66 anos de escravidão; o resto tem que entrar na conta de Portugal que é quem mandava por aqui e nada fez pra acabar, mas só aumentou, a maior de todas as sacanagens conhecidas.
Contrariando todas as hipóteses o Brasil cresceu, superou metas, alcançou objetivos, manteve seus limites, inventou o rádio (Landel de Moura), o avião (Santos Dumont) e tem, entre os compositores populares, alguns dos mais importantes e influentes do mundo nos últimos 120 anos (Caetano, Chico Buarque, Milton Nascimento e Tom Jobim).
Longe de ufanismos, de patriotadas estou apenas constatando o óbvio. Tudo, toda essa dor vai passar, assim como passam os homens, os países, os impérios (Nínive caiu!), esse tempo também passará. Restará lá no céu a Lua, infinita, em sua eterna indiferença, a vigiar.