O matrimônio em tempos de coronavírus

Boa noite meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem por aqui rezando para que eu não esteja sem inspiração literária. Calma, calma, meus fãs, suas preces foram ouvidas. E venho nessa Sexta-Feira Santa para o provar.

Chego de noite, pois de dia, hoje, foi pensar no exemplo que Ele nos deixou com o seu martírio. Mas não falarei sobre isso, só cito para não passar em branco. Buenas, ia sair para comprar ovos de chocolate para a Páscoa, mas daí pensei: será que eu gosto tanto assim de chocolate para me arriscar em tempos tão, digamos, "virulentos"? E depois ter de ainda ficar limpando as embalagens com água e sabão para higienizar antes de colocar para dentro de casa? Não, mas claro que não, né! Então não fui. Sem ovo de chocolate de coelho domingo. Até porque coelho não bota ovo e nem come chocolate.

Bom, estamos só eu a Louise em casa, na quarentena. O Toninho Júnior está na casa da Marcela, namorada dele. Faz bem, Louise não gostou muito, mas eu, como homem, entendo o lado dele, pois a guria faz coisas para ele que a mãe não pode. Então que fique por lá, com a Marcela e o cartão que eu dei pra ele, que esse lado da independência ele ainda não conseguiu. Tudo bem, faz parte.

Bom, eu e a Louise compramos coisas para ficar um mês sem colocar o pé na rua. Compras só online via telentrega. Coisa boa esse mundo virtual, facilita tudo num momento desses. Agora, o sexo não tem como ser virtual e eu já estou muito coroa para a prática do onanismo. Bom, então depois de 15 dias de resguardo e distância para caso de alguém estar contaminado, eu a a Louise começamos a passar o tempo da melhor maneira que um casal pode fazer. Dormindo juntos, olhando filme juntos, tomando banho juntos, cozinhando juntos, comendo juntos e transando. Nesse sentido foi até legal o Toninho não estar por aqui, a gente fica à vontade.

Não que o meu casamento estivesse ruim, mas que agora ele deu uma melhorada, ah, deu. Mesmo com a preocupação e com o temor em relação aos meus pais e aos dela, embora eles estejam isolados verticalmente e bem seguros, na medida do possível, a gente ainda consegue relaxar a ponto de se curtir mais enquanto casal.

Não vou dizer que isso é um ponto positivo da pandemia, pois não vejo nada de legal em algo que está matando gente pelo planeta, levando dor e horror para os lares e tirando a paz de muita gente. Entretanto, é a nossa circunstância, como diria Ortega y Gasset. Aproveitemo-la da melhor maneira possível.

E era isso. Um abraço e fiquem todos com Deus. Inté.

----- * -----

Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

Mais textos em:

http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".).

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 10/04/2020
Reeditado em 09/05/2020
Código do texto: T6913157
Classificação de conteúdo: seguro