Ofensas desnecessárias ao Sumo Pontífice
Depois de John Kennedy, todos os presidentes norte-americanos foram recebidos por um papa. Até mesmo os senhores das guerras George Buch – pai e filho – nesse caso por João Paulo II.
Esse mesmo papa visitou o Haiti em 1983 então governado pelo sanguinário Jean Claude Duvallier – o Baby Doc.
Em 1987, o presidente linha dura do Chile, general Augusto Pinochet engoliu a visita desse papa a seu país.
Em 1988 foi a vez do ditador do Paraguai General Alfred Stroessner, a contragosto, lhe dar boas-vindas.
O atual (e quase eterno) presidente da Rússia, Vladimir Putin, já teve dois ou três encontros com o papa Francisco.
Até o terrorista Mehemet Ali Agca, que tentou matar e papa João Paulo II em 1981, teve a surpresa de ser visitado por ele em sua prisão em 1983.
O único relato que a humanidade tem conhecimento é que o papa o perdoou.
Nesse pequeno apanhado, nenhum santo.
Dia desses o ex-presidente Lula teve uma breve e sigilosa audiência com o papa Francisco. O estardalhaço foi feito e o sumo pontífice foi taxado de canalha e outros impropérios por alguns brasileiros.
Não que Lula seja santo. Longe disso.
Mas o papa, que tem como princípio receber a todos, merecia ser esculachado dessa maneira?
Ou seria indícios de que está em andamento a criação de uma nova religião no Brasil sem os dogmas e rituais do Vaticano e com o aval e decreto da nova ordem constituída?