A caneta Amarelou!

A caneta que amarelou.

Um dia uma caneta, acreditou-se mais importante e poderosa que as outras porque, escrevia com tinta azul.

Quando entrava em ação só fazia rabiscos e garranchos nas escriturações e sempre dizia vir de uma estirpe hematológica real e que a educação dos que dela descendia, pelos altos e importantes rabiscos em quaisquer papéis por onde riscou, seria impossível participar de miscigenação, quer dizer misturar-se com as vermelhas, as pretas e com as de cores travestidas.

Essa caneta rabiscando daqui e dali, convenceu aos carvões que faria com que eles fossem beneficiados com a mutação, transformando-os em tintas hamatologicamente iguais a que ele pensava que escrevia.

Ah os carvões! Iam riscando mas esqueciam que os riscos eram resíduos de si e que o vento simplesmente apagava e como eles seriam identificados pela tal e imponente caneta azul, que por sua fama risca mas falha nas promessas?

Dizia-se também uma caneta de grandes rabiscos, o que era sim garranchos, e por assim ser estava imune até ao esgotamento de tinta.

Assim ia a caneta em sua arrogância pensando que rabiscava, de papel em papel acreditando que tudo podia diante das outras, até que um dia ficou diante do inesperado.

Reuniu consigo umas outras canetas, dizendo-se mais importante quis impor às outras com seus garranchos, dizendo-se melhor e que podia fazer o que quisesse. Para ela as outras eram desiguais por serem de péssima qualidade e não satisfazia aos que dela precisavam mas sabiam muito bem dizer-se melhor, em um momento de não riscar nada e usar o mesmo marketing do faz de conta. Eram canetas ruins que se diziam procuradoras e recebedoras do CANETÃO que eles criaram em suas imaginações para convencer os carvões a produzirem tintas para elas.

A carvoada que viam os riscos das fajutas, bravejavam para se fazerem importante, saiam pelos quatro cantos dizendo que as canetas tinham riscado em suas papeletas as regras do CANETÃO e que assim deveriam eles riscarem também para um dia serem canetas dignas de um traço fino em um papel branco.

Pois é desse suposto sacrifício de não riscar, somente naquele momento, saiu a tal “importante” caneta, garranchando rabiscos sem fim, com a arrogância de ser “a tal” e no risco vai e no risco vem, percebeu que não tinha mais a cor azul em seu risquinho no papel. Insistiu para ver se saia alguma coisa, nada acontecia e ela insistia até que uma caneta de cor verde riscou em seu lugar na organização da riscação geral.

A tal imponente caneta AMARELOU e atendeu à caneta verde convocou a liderança das canetas para pedir socorro pois, sua tinta tinha amarelado e ela queria continuar a escrever em azul.

As outras canetas sobre a orientação das canetas verdes, permitiram que ela tornasse a escrever, mas tiraram-lhe o risco forte e deram-lhe tinta amarela, com traço menor que o 0,000001, quer dizer podia riscar, mas seria um risquinho de nada e que ela se colocasse na linha destinada no papel pois do contrário iriam tirar-lhe toda a tinta.

Aí na sequência a caneta passou a ter tinta, porém toda vez que ia rabiscar algo amarelava e precisava das outras cores para azular o garrancho do momento. Não se abastecia em tinteiro e sim das gotinhas que lhe davam para chupar.

A caneta arrogante passou a ser conhecida como a caneta que amarelou e vivia abastecendo-se das verdinhas e suas tintas, para tornar-se azul.

kkkkk

José Maria Alves Ferreira Ferreira
Enviado por José Maria Alves Ferreira Ferreira em 09/04/2020
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