CORONAVÍRUS. HOMEM, UM VÍRUS MORTAL.
ESTOU EM OUTRA GALÁXIA.
Acordo e percebo que não mais habito o planeta em que nasci. Uma simples ida ao dentista se necessário, torna-se impossível. E meu dentista além de mestre em excelência profissional viramos amigos.
Como no tempo que as atividades de assistência eram pajelança, temos que inventar formas e meios de nos defender. Estamos sequestrados por um micro-organismo. Ele nos encarcerou. O homem criou sua própria prisão em laboratórios.
Um ser estranho, mas vivo, sem as guerras e mísseis que dizimariam a espécie, está vivo e mata ferozmente. E o pior, não se vê. Se movimenta com extrema agilidade em espaços onde o oxigênio que respiramos traça seu enredo mortal, seu bailado desconhecido. É seu veículo o ar que respiramos; vida e morte. Que paradoxo.
Como repousa?
Em que tempo sobrevive sua dança?
Em quais superfícies fica mais tempo antes de partir?
Como afastá-lo?
Os líderes querem o troféu da vitória, e terçam armas políticas.
Não seriam as mesmas que o trouxeram para essa missão de danos e sofrimentos a uma humanidade que nada mais fez do que obedecer ao Estado Leviatã? O Estado Hobbesiano?
Não seria o egoísmo que fez nascer esse filho do mal, armado de todas as armas que nenhuma terceira guerra dispunha?
E ele folga e se diverte, tira as pessoas das alegrias, das festas, dos abraços, do amor, enquanto as mesmas forças que o fizeram nascer se digladiam em luta torpe e ridícula, que lhe traz mais força.
O homem nunca aprenderá a lição que não passa de um títere pequeno e fraco, invejoso e mau caráter, sórdido e imbecil. O homem, um vírus mortal manejado na vontade de um microscópico organismo.