Ó PÁTRIA ArMADA...
SALVE, SALVE-se quem puder ! . . .
SALVE, SALVE-se quem puder ! . . .
"Eu não quero orações... Eu não quero condolências... Eu quero controle de armas"...
07/novembro/2018 - Depoimento desesperado de uma mãe norte-americana, cujo filho foi alvejado por um atirador que, aleatoriamente, disparou contra pessoas que (nem conhecia) se divertiam num ambiente sadio e muito frequentado de sua cidade.
12/novembro/2018 - No Brasil, o ex-prefeito de Baraúna (PB), a 218 km de João Pessoa (PB), atira e mata o próprio filho - também ex-prefeito - por engano.
Uma panela no fogão da casa de Adilson (pai) provocou um princípio de incêndio, enquanto ele dormia. O filho, que passava na rua, com a intenção de debelar as chamas e salvar o pai (que não o escutava), decidiu arrebentar a porta da casa. O barulho despertou o sr. Adilson, que, assustado, disparou contra o filho, pensando tratar-se de um assalto.
01/janeiro/2019 - Assume o comando do Brasil um governo envolvido com milicianos, que propõe a solução irracional de, para reduzir o número crescente de assassinatos, armar a todos os cidadãos do país. Seu decreto, considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, sofre maliciosas alterações através de Medidas Provisórias e, no final do mexe-mexe, o governo ganha o jogo com a exata carta que ele queria bater:
"Uso de armas de fogo restrito aos proprietários de terra".
Diga-se melhor: restrito aos grandes proprietários de terra que queiram adquiri-las, para si e para os seus jagunços (até quatro armas para cada um).
O esperado. O planejado. Uma grande jogada...
E os camponeses não proprietários? Refiro-me àqueles que nasceram no campo, vivem no campo e sobrevivem do que plantam (e às vezes colhem) no campo, os chamados "sem-terra", que, alvos fáceis, passaram a ser apelidados (pelo próprio governo) de "terroristas". Junto aos indígenas - estes ameaçados de perder ou ter suas reservas invadidas e exploradas por grileiros, madeireiros e mineradores - viraram animais de caça a serem abatidos pelos capangas dos grandes fazendeiros (atiradores e mandantes impunes). Assassinatos respaldados pela súcia miliciana que rodeia um governo armamentista.
"Quem abater um terrorista (quer dizer: um sem-terra, um sem-teto ou um sem-nada) que pelo menos transite pelas terras do patrão, ficará isento de qualquer punição, desde que, na defesa, alegue que o passante era um invasor".
Uma concessão do poder de vida ou morte aos exigentes latifundiários e seus matadores de aluguel.
Uma provocação - à mão armada - contra quem só pode se defender com estilingues, arcos e flechas. E as velhas espingardas?... Aí ficou caracterizada a má índole de um governo armamentista: é que, no mexe-mexe das cartas, ou melhor, no alinhavado das tais Medidas Provisórias, ficou dito, e bem dito, que o uso das espingardas, mesmo as de pequenas caças, está terminantemente proibido.
Analisemos:
Hitler é considerado historicamente responsável pelo extermínio de mais de seis milhões de judeus, ciganos, comunistas, deficientes físicos, e mais aqueles cujos traços fisionômicos não eram do seu agrado. Em seu livro "Minha luta" ele assume essa matança e ao mesmo tempo se defende, alegando que, pela seleção da raça, prestara um grande serviço a Deus. Pelo menos teve a hombridade de assumir a responsabilidade por suas atrocidades.
Quem será o verdadeiro culpado pelo extermínio em massa, em solo agrário, de nossos indígenas e de nossos inermes pequenos agricultores, agora impedidos de usar a terra para o sustento familiar?
Estaria, a esta altura, o governo armamentista também buscando as bênçãos de Deus para as suas covardes e irresponsáveis monstruosidades?
Pergunto agora como me pergunto há décadas: Quando os brasileiros de verdade decidirão extirpar o veneno da escravidão que ainda, e há séculos, intoxica o seu sangue?
Pergunte-se ! . . .
Ou você não tem nada a ver com isso ! ? . . .