SEMANA DA PAIXÃO DO CRISTO. O QUE NOS ESPERA?

Uma crônica de nossa amigo Bernard Gontier com o título encimado. Sempre centrado e ligado nos epicentros mais luminosos. E nos traz o Mestre Jesus.

“Escolha a estrada tranquila, o caminho do seu coração”. “Renda-se, existem respostas mais profundas aos seus questionamentos”.

Aprendi dizer e assim me conduzir na minha vida; siga seu coração. E me pergunto:

Quais respostas Bernard? Quem as têm hoje? Mesmo o coração seguido. Vagamos como gosto de dizer em questões mais objetivas do "nunca ao nada".

Sim, nada somos diante das forças desconhecidas, mesmo das que dentro da paz dos momentos calmos, não conseguimos explicar, e nelas mergulhamos com todas as potencialidades concedidas, e não vão além da fé que temos por força dos tempos após Jesus e sua Santa Mãe, que assistiu seu martírio resignadamente, mesmo sendo o Filho de Deus, em data que se aproxima dessa memória triste apontada.

Agora sob medo e agonia de muitos pelo que se passa, sofrimentos de entes queridos pelos que se foram em números traumáticos, e temor daqueles que sabem estarem longe do sagrado, ou pensam estarem perto com frágeis vinculações.

Se nos faltam explicações das planícies apascentadas pela harmonia do viver, respirando o ar puro e vendo o sol sem temores, imagina quanto às forças aladas das conhecidas e ruinosas, maléficas e destruidoras do satânico como as vindas da China.

O "de onde viemos" hoje deita em berço pacífico ainda que vazado na busca da ascensão, sempre cimentada na fé de cada um e na construção de suas bases fortificadas ou não. Viemos do ato de amor.

Sabemos de onde viemos. O "para onde vamos" é palpável mas distante, nos chega pela fé, e estamos enraizados nas nossas origens, mas existe um outro caminho, mais que um labirinto indecifrável que se apresenta, e que sempre assaltou nosso questionamento, porém de outra forma agora, nunca vista.

Saber que estamos na curva da vida ou ser surpreendido pela morte mesmo jovem, um personagem ou outro, em pontuais lugares como natural, é diferente de uma humanidade ameaçada pelo total desconhecido, que pode sair de cena, ou não, voltar, se repetir, insistir na investida, permanecer firme sem inibição da ciência.

Iterar, reiterar e seguir essa estrada da foice que ceifa a vida produtiva em ideias, em engenhos das necessidades humanas, matando o amor que dá a vida e alegra vidas. Pode acontecer. Nada se sabe desse mal com plenitude.

"Não saber o que ocorrerá...não saber o que fazer", nas palavras do Mestre Jesus. Estamos assim por ninguém saber nada de nada em um acontecimento global que surpreendeu o mundo. Nem Nostradamus, nem Profetas, ninguém, ninguém conhecia aviões naqueles tempos, nem a possibilidade das gentes estarem a um segundo de se comunicarem e no máximo a 24 horas de se verem pessoalmente nesses nossos tempos.

Só ele o tempo poderia nos dizer o que é, foi ou será que se processará, se processou, ele que é o soberano de tudo como testemunha exclusiva.

Um congraçamento que trouxe desgraça, a globalização, a aproximação que faz florescer, agora traz o caos.

Qual o tamanho desse caos, quem tem a chave desse mundo que não se distingue sob qualquer lente? Ninguém sabe, possivelmente tão cedo não se saberá; ou nunca. Ou não terá ninguém para contar. Quem sabe o quê?

Só nos resta pedir próximo da Paixão do Cristo, que Ele na Páscoa onde se festejava Sua vida, Sua ressurreição, quando todos se abraçavam, faça ressurgir a possibilidade do abraço, da confraternização, levando embora do Planeta Terra essa “peste instalada”.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/04/2020
Reeditado em 03/04/2020
Código do texto: T6905636
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