Os limites do capitalismo
Os limites do Capitalismo
Graças ao nosso desgraçado e incompetente Presidente da República, Jair Bolsonaro, nas últimas semanas desperdiçamos tempo demais debatendo acerca dos impactos do Coronavírus na economia.
Tal discussão é perniciosa e leviana por cogitar que medidas como o isolamento social podem ser mais devastadoras para a sociedade do que o Covid-19 em si. A partir daqui sequer cabia dar ouvido à esse debate.
Porém, a burguesia manifestada exige medidas que “protejam a economia”, ou então demissões em massa serão inevitáveis. Fazem pressão para que o governo reaja com mais rapidez e aterrorizam psicologicamente seus funcionários - estes sim em situação de extrema vulnerabilidade.
O Coronavírus nos leva ao limite do capitalismo pois com apenas alguns dias de empresas fechadas vemos Karl Marx ter razão. “Se o trabalhador tudo produz, a ele tudo pertence”. As empresas, a burguesia, o capital, nada podem fazer para sobreviver se os trabalhadores simplesmente não forem trabalhar.
Ao mesmo tempo, a “mão invisível do mercado” foge para longe, enquanto os burgueses imploram ao Estado por dinheiro sem o qual não resistirão à pandemia.
A humanidade passa por um momento ímpar e, mesmo se sobrevivermos, o mundo jamais voltará a ser o mesmo. É preciso entretanto que enquanto cidadãos tomemos esse tempo de quarentena para refletir sobre as fundações da nossa sociedade.
Se o capitalismo não se importa com nossa vida, não devemos dedicá-la a protegê-lo ou sustentá-lo. É tempo de buscar alternativas.