Meus dias de Quarentena

Por Roberto Miranda

Vou dormir no horário em que o meu cachorro cai no sono, geralmente às 22 horas, depois de passar uma hora brincando no quintal do condomínio.

E de forma pontual, ele vem à minha cama me acordar às 6 horas da manhã.

A rotina de todas as manhãs é lhe servir uma cumbuca de leite morno e botar a coleira para ir passear na rua, onde ele faz suas necessidades e, em seguida, me arrasta para o quintal do condomínio; onde o faço correr brincando de pega-pega.

Meu Schnauzer miniatura é dócil, mas destrambelhado no relacionamento com outros cachorros que dele se aproximam. Quando se encontram de manhã, ele pula e se joga sobre eles com muita ansiedade. Talvez seja por estar louco para fazer amizade, só que a maioria não gosta disto.

Já as crianças, elas o adoram por ser desta maneira.

Uma menina até chama seu jeito desembestado de “ataque de baba”, por que ele lambe o rosto e as mãos dela bem rápido.

Depois dos exercícios matinais e de raros momentos de socialização, voltamos para o apartamento e ficamos um pouco sentados à porta tomando o sol da manhã, que é mais fraco, antes de entrarmos em definitivo e cairmos na soneca até os demais membros da família acordar.

Eu deito no sofá e meu cãozinho sobe no encosto do móvel para ficar de olho em mim do alto.

De resto, é só entretenimento e pausa para escrever novo romance.

E assim são meus dias de quarentena.