Encruzilhada
A falência moral é preocupante, ainda mais quando a subjetividade é coletiva. Essa imoralidade disfarçada de liberdade tem um relevo social, e o empoderamento não passa da plataforma ativista. O poder é igual a carga genética; os indivíduos já nascem herdeiros.
Desconstruir o sistema piramidal não é interessante para os faraós brasileiros; a tumba da corrupção é um templo sagrado; todos querem ao menos passar a mão. E, não venha contar a fábula de João e Maria, na visão de Alice.
Ninguém é inocente, só as criancinhas. Todo político entra querendo mamar na teta da vaca leiteira, o estado. Independentemente da ideologia do pensamento, não existe varinha mágica para transformar o capitalismo em socialismo; o povo briga por dadaísmo, que dirá dividir o pão de cada dia.
Comum é condição de igualdade, não um estado forte, com partido único representando os trabalhadores. Não vejo o lado bom desta corrente e muito menos, a sua eficácia. O ensaio romântico de Marx, não rendeu harmonia.
Por outro lado, o canibalismo ou capitalismo é cruel; devorador de homens, escravagista do tempo e proprietário dos meios de produção. Neste sistema político-econômico, o empresário manda no país, pois é ele quem decide, não o estado.
O estado é somente uma marionete, mas articula-se contra e a favor do povo; depende da conjuntura econômica. Nesta encruzilhada, o povo é despachado como oferenda, oferta e sacrifício. A solução é olhar para o firmamento; orar e rezar; fortalecer o espírito nos ritos religiosos; jogar na loteria federal; jogo do bicho; comprar telesena; estudar para concurso público ou entrar para a carreira política, e nem precisa estudar.