Momentos felizes

Boa tarde meus 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez aparecem em busca da fugaz felicidade de uma crônica agradável. Estamos num momento de valorizar as pequenas coisas do cotidiano, encerrados em casa, defendendo-se do inóspito mundo lá fora.

Pequenas coisas que nos fazem sentir bem e vivos. Eu me sinto bem quando vou no banheiro. Calma, não pretendo escrever nada juvenil, humor adolescente de mau gosto. É sério, sentado no meu sanitário, sinto-me bem, em pleno gozo de minhas funções corporais e protegido. O WC limpo, cheirando a perfume de desinfetante, asséptico. É um dos momentos de felicidade que recuperei nesses dias. No WC, sinto-me vivo e constato estar bem de saúde.

Em outros momentos também, mas falo sobre esse porque foi agora a pouco. Vocês chegam a sentir algo parecido nesse momento tão íntimo e individual? Um tio meu, no final da vida, teve de usar bolsa de colostomia. Então ter as funções fisiológicas ok é um privilégio que o meu tio não teve, e isso o incomodava muito. O bem mais precioso é a vida, claro, e antes usar bolsa e estar vivo e respirando num dia de sol do que não estar por aqui, que é um lugar tão bacana. Se adaptar é melhor do que perecer, e ter a possibilidade de, precisando, poder usar uma bolsa de colostomia, é uma dádiva. E eu, sentado no meu vaso sanitário, agradeci por minha saúde plena.

Foi um momento feliz. Um pequeno momento, um momento de felicidade até difícil de sentir em situações diferentes da que vivemos. Todavia, estar vivo e bem me trouxe paz e felicidade, mesmo que dessa forma, digamos, inusitada.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".).