A Terceira Guerra Mundial
Atribui-se a Albert Einstein o dizer de que “não sei como será a terceira guerra mundial, mas a quarta será com pedras e paus”. O grande físico preocupava-se, com razão, com a possibilidade de uma guerra nuclear, após a demonstração do poder das armas de destruição em massa ao final da Segunda Guerra Mundial.
Hoje, Einstein estaria amedrontado com a crise do Coronavírus, como todos os sensatos.
Não posso deixar de pensar, entretanto, que a catástrofe que paira sobre o planeta em muito se assemelha a uma guerra. Uma guerra mundial contra um inimigo invisível.
As pessoas estão em casas, amedrontadas, estocando alimentos e remédios como se estivessem aguardando pelo próximo bombardeio. As indústrias e empresas completamente paradas, pois nada são sem sua força produtiva. Governos do mundo inteiro trabalham em busca de uma solução e, ainda assim, não vemos a luz no fim do túnel.
Um paralelo parecido foi traçado pela primeira-ministra alemã, Angela Merkel, quando referiu-se à doença como o maior desafio para a Alemanha desde a Segunda Guerra.
Ainda assim existem aqueles que relativizam a dimensão do problema. Afirmam que a dengue mata mais e que o grupo de risco do Covid-19 é restrito. Dizem que o Brasil não pode parar.
É bem verdade que o coronavírus possui uma taxa percentual de letalidade reduzida. Todavia, ao contrário da dengue ou de qualquer outra doença endêmica a qual possa ser comparado, não existe remédio, vacina ou tratamento específico para o corona.
Então, temos duas escolhas: parar o Brasil ou aceitar uma morte que virá em breve.
A única escolha sensata é encarar a pandemia como soldados encaram o inimigo. Estamos em guerra mas nossa vitória não está garantida.