CINCO ANINHOS DE GRATIDÃO

CONFESSO que passei batido, oque não é nenhuma novidade pois sou distraído demais, e esquecido paca. Vou contar a recente distração. Ontem fez cinco aninhos que publiquei a primeira maltraçada neste Recanto querido. Ia lembrar o fato ontem, mas, poke!, esqueci. Lembrei hoje quando abri a velha caderneta onde anoto assuntos e providências, inclusive horário dos remédios.

Mas, não obstante à farrapada, aproveito para agradecer nçao só a atenção de quem lê minhas arengas, como principalmente o carinho, ternura, consideração e compreensão com as minhas divagações e achismos (além das bobagens) deste véio caduco.

Até agora (exceto esta) postei 4.977 maltraçadas que geraram 183.721 leituras, com uma média de trnta e poucs leituras por texto, hoje está caindo. Adianto que estou muito satisfeito e grato a quem lê e, claro, a quem comenta. Em resumo: o véio está bestinhacom seu desempenho ainda que medíocre.

No mais só tenho que agradecer aos hermanos e hermanas do RL. Agradecer e ser grato. Apenas como recordação vou transcrever a primeira maltraçada que postei, no dia 29 de março de 2015, intitulada "Gratidão"e que por um lapso foi publicada no espaço Duetos:

GRATIDÃO

NÃO defendo - e nunca defendi - que se pague um favor, seja lá o que for, grande ou pequeno, com a adesão sistemática do beneficiado ao seu benfeitor, principalmente no que tange ao alinhamento eleitoral. Mas devemos respeitar e ser gratos a quem nos ajudou num momento difícil. Mesmo dando a volta por cima e alcançando posição e estabilidade financeira, o homem de verdade não pode e não deve esquecer quem lhe beneficiou no tempo das vacas magras, das dificuldades, dos maus momentos. Há que se tero sentimento de gratidão e a humildade de se reconhecer devedor. Se fomos humildes na hora de receber o favor, devemos proceder da mesma forma quando estivermos em melhores condições de vida.

Mas nem sempre acontece isso. Pelo contrário, o beneficiário costuma esquecer o seu benfeitor e, não raro, de forma indigna e covarde, Não podemos esquecer da imagem histórica do César esfaqueado, sangrando e perguntando: "Até tu, Brutus, meu filho?!!!!". Augusto dos Anjos comparou a ingratidão a uma pantera e execrou-a com um verso célebre: " A mão que afaga é a mesma que apedreja".

Há ene condenações à falta de humildade e à ingratidão,à traição e ao "esquecimento" dos beneficiados de favores que receberam dos benfeitores. Para mim a melhor é de Shakespeare:

"A experiência nos ensina que a humildade é a escada que se serve a ambição para atingir o fim desejado. Desde que chega ao cimo, ele volta as costas à escada, dirige o olhar para os céus e desdenha dos humildes degraus que serviram para sua ascensão".

Viva a Gratidão. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 30/03/2020
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