Para ser próspero, tem que se pensar próspero, sentir-se próspero. A maioria das pessoas sempre relaciona prosperidade à  dinheiro, o que pode ocorrer, mas não se aplica somente ao dinheiro, aos bens materiais e sim a forma de encarar a vida.

        Várias vezes fiquei pensando nos suecos, nos japoneses que cometem suicídio de forma sistemática, e à primeira vista não entendia como povos tão desenvolvidos social e financeiramente podiam ter um índice tão alto para esse tipo de atitude.

        A prosperidade financeira é importantíssima e gera mais riqueza e conforto às pessoas, porém sem a prosperidade espiritual, da alma,  o financeiro se perde em si mesmo, ou seja, a insatisfação se transfroma em um monstro que destrói os sonhos de quem não suporta tal peso.

       Conheço pessoas maravilhosas, de um caráter irretocável, que se importam muito com os que não chegaram tão longe na escala social, porém a forma de encarar a vida os traz para o mesmo nível de "pobreza"do espírito que os menos abastados materialmente.

      A diferença fundamental entre os prósperos de alma e os pobres é a atitude perante a vida. Antes de tudo,  temos que nos sentir merecedores da prosperidade. Culpa é o maior entrave à felicidade. Não existe maior inimigo para atingir a felicidade plena que a culpa.  Você já viu alguém se divertir verdadeiramente sentindo culpa de alguma coisa? Nunca não é? A culpa é a maior arma, pincipalmente da igreja católica, para nos manter pobres em todos os sentidos. Chegamos ao ponto de carregar a culpa do pecado original!!! Pode algo ser mais insano e cretino que já nascer com culpa? É como se nós nascessemos devendo uma fábula de dinheiro ao fisco. E  o pior, você morrerá com uma divída maior ainda, impagável!!!

      Temos o costume de abraçar culpas que não são nossas, pois assim temos a desculpa de não merecer correr atrás da felicidade, afinal não sou merecedor de tal monta. Maternidade é o cargo onde a culpa tem seu ápice. Não há explicação racional, emocional ou espiritual para tamanho descalabro, mas faz parte da cultura das maioria dos povos da terra. As mães judias são as mais evoluídas nesse quesito e sempre usam isso como forma de manipular os filhos.

       Os filhos, muitas vezes, fazem os papel de algozes dos próprios pais, ampliando e manipulando a culpa já introjectada nos progenitores ávidos por sentir mais culpa ainda. Existe uma frase que corrobora com o que digo: "Ser mãe é padecer no paraíso". Preciso dizer algo mais quanto a isso?

      O ministro Mantega, em discurso ontem disse que: "Se a CPMF não for aprovada, programas sociais serão cortados e novos impostos criados", ou seja ele quis dizer que se a CPMF não for aprovada, nós da classe média, seremos os culpados pelas bolsas família não entregues no futuro próximo!!! O governo sabe que a melhor forma de nos manipular é nos fazer crer que somos culpados pela desgraça dos miseráveis e é por isso ninguém reclama ou sai às ruas para gritar contra tudo o que está ocorrendo no país, afinal nascemos com o pecado original da classe média. Sabe qual é nossa indulgência?  O silêncio. Se nos calamos diminuímos nossa culpa e assim levamos a vida.

      
          Quer ser feliz e próspero, tanto materialmente como espiritualmente? Deixa a culpa guardadinha  numa caixa, bem amarrada e quem ninguém possa acha-la e esfrega-la na tua cara de novo. Só tenha certos cuidados, pois a culpa vem em várias apresentações e geralmente são as pessoas que dizem que nos amam muito que mais nos culpam por tudo: frontalmente ou veladamente. 
            Cuidado com quem diz o tempo todo: "é pela sua felicidade que faço isso e blá, blá, blá...tudo mentira, é só uma forma de te aprisionar no que a outra pessoa quer, ou seja, que você se sinta culpada por algo que nem imaginou fazer ainda. Podemos chamar isso de Mercado Futuro de Medo e Culpa. Entrou nessa aplicaçcão prepara-se para anos de sofrimento e parcos dividendos.

      Quando você se livrar desses monstros, saberá  o que significa  "a maravilhosa leveza de ser", de ser você mesmo, sem medo de se mostrar, sem culpa alguma. Alçar vôo, tal como a águia, sem fronteiras e sem medo.

Um abraco,