RAZÃO
RAZÃO
Discussões intermináveis, agressões inomináveis, controvérsias incontornáveis, momentos incivilizáveis, em que se discute raivosamente, se a vida tem valor ou preço.
A alguns, valor, representa princípios éticos que norteiam o comportamento humano, para outros significa a quantidade de bens que se possui, traduzido em riqueza material. Para alguns a vida é uma merda, para outros uma dádiva. Para uns é luz, a outros é treva. Como em todas as condições, a “moeda” tem duas faces e ambas devem ser consideradas. O que azeda a discussão é a irracionalidade e o tratamento dado a questão, por aqueles que tem opiniões divergentes. Falta sensatez e civilidade, que causam a incompatibilidade e a tomada de decisões efetivas, que minimizem danos à vida da maioria, seja lá qual for seu dogma. Não é hora de divergências inconciliáveis, é hora de priorização de interesses comuns. O maior deles, preservação da vida, tenha ela valor ou preço. Cabe a todos, especialmente àqueles que detém representatividade, tomarem um porre de sensatez, seja erguendo o copo com a mão esquerda ou com a direita. À galera cabe não açular os ânimos e saber que a troca de ofensas não contribui em nada para resolver problemas de difícil solução, mas com certeza atrasa o encontro da saída. É hora de união de esforços e não de antagonismos toscos e incultos.