COVID-19, EU E VOCÊ

Em tempos de crise o melhor que temos a fazer é respirar fundo para ajudar a pensar melhor, analisar a situação atual, entender como chegamos até aqui e o que devemos fazer para superar nossa atual condição. A maior fonte de conhecimento que temos na atualidade é a internet, não somente pela velocidade de disseminação das informações, mas também pela facilidade de acesso. Por isso me questiono qual o primeiro site, ou o mais acessado, e por que não perguntar qual a sua fonte de informação sobre o que se popularizou com a sigla de COVID-19? Será que o site da OMS está entre os mais visitados? Ou alguém verificou o que o Ministério da Saúde tem a dizer sobre o assunto, ou ainda as secretarias de saúde e demais órgãos do seu estado e município? Afinal, a OMS é a maior referência que temos quando se trata de saúde e apesar das atitudes de nosso presidente, seus ministérios, secretarias e muitos governadores continuam trabalhando com alguma lucidez em relação aos problemas da nação.

As Fake News estão fazendo sua parte colocando a população em estado de histeria coletiva correndo para supermercados e farmácias, comprando os mais variados supérfluos, desabastecendo os estabelecimentos comerciais. Por outro lado, há aqueles que se utilizam do estado atual da nação para tirar férias pessoais, ir à praia curtir o sol, sair para a noite com mais tranquilidade, fazer compras sem o tumulto habitual. Ainda há os charlatões que prometem remédios milagrosos e receitas questionáveis para curar uma doença ainda sem cura se somando a outros tantos religiosos com interesses nada coletivos aumentando ainda mais a situação calamitosa em que a população vive ultimamente. Parece que em meio a esse bombardeamento de informações e contrainformações o melhor mesmo é se isolar dos meios de comunicação para encontrar a sensatez necessária e filtrar o que realmente é importante saber e fazer.

Nossas crianças e jovens estão sem aula, o que preocupa pais e profissionais da educação que não se furtam em dedicar 4, 8 e até 10 horas ou mais do seu dia ao compromisso de educar as atuais e futuras gerações. Os profissionais de saúde mais do que nunca se sentem como soldados com a determinação de quem não pode fraquejar combatendo onde são mais necessários, desde a atenção básica até a alta complexidade. O comércio esfriou agravando a economia que não vai bem há muito tempo, são muitos autônomos que ganham seu pão dia após dia, assalariados que temem perder seus empregos, profissionais das mais variadas áreas receando a redução de salários. Dentre eles estão eu e você que sentem a necessidade de contribuir com a economia local, mas temos entes queridos e familiares, muitos dos quais já não gozam de uma boa saúde, que queremos bem e vivos. Eu escolho pela vida, e você?

Elcio Aldrin Pantoja da Costa
Enviado por Elcio Aldrin Pantoja da Costa em 26/03/2020
Reeditado em 26/03/2020
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