Borboletas amarelas
Ao despertar da alva, apesar de tudo que está acontecendo no globo terra veio-me, um espírito de paz e gratidão.
Ao abrir a janela do quarto pus-me, a contemplar o deserto das ruas vagas.
- Um silêncio tão profundo que doeu na alma.
Sempre naquela hora da manhã o vai e vem das pessoas apressadas em suas caminhadas...
Sem se quer, se cumprimentarem; devido suas urgências constantes.
- Nessa época de quarententa fez-me, refletir sobre nossas atitudes.
- E entender pequenos gestos que seriam tão grandes hoje, e foi deixado para trás.
Ali - parada frente aquela belíssima pracinha olhando em direção a uma pequena capelinha, por um momento fui levada a um tempo de outrora.
- Ricas lembranças, guardadas na memória do meu tempo de menina junto as minhas amigas.
- A bicicleta era a minha preferida dava uma volta rápida, que tempo maravilhoso.
-As lágrimas quiseram me dominar, mas naquele momento a natureza viva trouxe-me para outro cenário.
- Ao olhar para o alto estava num vai e vem centenas de borboletas amarelas...
- Tão felizes, que chamei a atenção da minha mãe. A senhora precisa ver isso: As borboletas amarelas tantas...
Que lindas! Meu Deus quantas, sorrir lembrando do meu neto que ama borboletas e que eu ficava procurando -ás, para mostrar para ele quando bem pequenino.
-E hoje, elas vieram com toda liberdade, no seu direito de serem borboletas livres sem medo de alçar voos.
Claro que elas estão ali todos os dias, mas nós não a percebemos além de afungentá-las.
Aí, dei- me, conta da triste realidade.
Foi como se as escamas dos meus olhos tivessem caído tirando toda cegueira.
Refleti: E pensei, Deus é único, sabe tudo e para quê. Nem queira entender?!
Até porque, nem eu, nem você vai olhar o mundo com o mesmo olhar de ontem.
Porque agora diante da morte iminente, sem ter para onde correr, nós temos que se vergar mais e mais...
E para nós que ficarmos, abraçarmos a vida o irmão como se nunca houvera acontecido antes.
Frente a nossa pequenez diante do poder de Deus.
24/03/2. 020
Mary Jun