E AGORA "CORONAVÍRUS"?...

Guardar a sanidade, nesses tempos insanos, é a melhor maneira de nos imunizar. É um vírus, instrumento do medo, nos pondo à prova a coragem de nos olharmos face a face, vendo a nossa fragilidade como carne, mente e alma...

Talvez, seja nestes momentos da história que a humanidade tende a mudar um pouco o rumo das coisas. O sofrimento nos une de alguma forma, pelo menos na iminência da morte. Por certo, é claro, que quanto as diferenças de privilégios, essas não nos igualam. Muito pelo contrário distanciam cada vez mais nosso "modus vivendi"... Eu disse: mudar um pouco. Nem sempre as calamidades mudam o cenário íntimo do Homem. Mudam a ciência, a filosofia, a religião, de alguma forma, mas os recônditos humanos são mais profundos e, de certa forma, menos suscetíveis em uma parte da humanidade, parte pequena pode ser, no entanto determinante...

Bem, o determinante agora é o que fazer enquanto em quarentena!?! Sabemos dos perigos reais e não sabemos dos irreais... Hiii! Será que dá pra explicar? O reais: já sabemos que todo vírus se propaga de uma certa forma com o contato físico entre nós humanos, e que este vírus, especificamente, tem um contágio muito rápido e agressivo... Mas dizem que é de menor poder que o H1N1, por exemplo... E aí é que começam os perigos irreais...

Tudo na vida se explica pelas: religiões, filosofias e ciências... As religiões aplicam logo a fé inexplicável, inabalável, fé futura ou no presente, põe Deus no controle de tudo, Deus dos exércitos, dos pobres, dos ricos, dos dizimistas, dos pagadores de promessas e etc... Já as filosofias querem explicar tudo com a razão, "sei que nada sei", “Penso, logo existo”, “Deus está morto”, “O homem é a medida de todas as coisas”, “Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio”, e vai assim por diante, implicando ainda os diversos sistemas que norteiam as sociedades: sistemas sociais, políticos, econômicos e etc... E as ciências com suas explicações científicas de jalecos brancos, com suas soluções mitocondriais, vão inocentando os agentes patogênicos, as vacinas, os antibióticos, as quimioterapias e de carona todas as indústrias de medicamentos... Mas também existe o caos, a filosofia dos ateus ou de Deus, que trazem mais inquirições as nossas almas já aflitas em sofrimento pungente.

Diante da filosofia, religião e ciência, com todas as notícias que ouvimos, bagunçamos nossa mente, nos sentimos ininteligentes e, às vezes num filme de ficção científica (esse é por minha conta - tenho me sentido no filme do Will Smith - EU SOU A LENDA). Agora, com relação ao "caos", a filosofia dos ateus pode até funcionar, para aqueles que guardam alguns princípios de preservação da vida material... Pois, é claro que existem ateus graças a Deus... E o "caos"? Com esse caos todo por aí, mundo afora, existe uma regência inteligente por detrás... Até a ciência já está pesquisando e provando... E na "filosofia" do "caos" tudo está correto, até mesmo os desvios, como desafios a superar. E sua "religião" é uma só, o AMOR. E a sua "ciência" está na imortalidade... Que causa ainda dúvida até mesmo em quem acredita nela. Pois, é a prova do "Livre Arbítrio", essa célula divina que nos concedendo a liberdade, a medida que crescemos em inteligência e moralidade, nos faz melhores, melhorando tudo o que está ao redor de nós...

Então, não é um vírus que nos vai abater. Sim a indiferença, o preconceito, a ambição desmedida, a revolta, a luxúria, a inveja, a preguiça, a avareza, os desperdícios, a vaidade, todos filhos do egoísmo e do orgulho...

Depois desta volta imensa, para explicar a nossa condição atual, retornamos a nossa pergunta de quarentena... O que fazermos nestes dias de reclusão?... O que buscar no íntimo de nós, nos espaços limitados pelo vírus, nos olhares que deixamos pelo dia a dia abandonados? Com o pouco, o que podemos transformar no muito prazeroso para mantermos a sanidade? Vamos descobrir, descobrindo nosso sentimento... Como? Minimizando os prejuízos... Mantendo a confiança neste "Caos de Deus" e, pensando aqui na madre Tereza de Calcutá - Sorrindo... Pois, ela disse: "a paz começa num sorriso"... Amemos sem dizer: Adeus!

Autor: André Luiz Pinheiro

22/03/2020