SEM BEIJO, NEM ABRAÇO

Sem querer aumentar o clima de apreensão, não vejo como negar, nem seria honesto e positivo, desconsiderar que a falta de agilidade na implantação da quarentena, é fator de complicação do quadro de contaminação e morte pelo Corona Vírus.

Vários países sofrem, e muitos outros mais, sofrerão dores e perdas, incontornáveis e incontroláveis, por essa imperícia e/ou irresponsabilidade pública e particular, em lidar com um incidente tão invasivo, e tão incisivamente maléfico como o Covid-19.

O Brasil, que já tem a má fama de não levar a sério aquilo que o é, debochou da precaução e da prudência, ao confirmar e ao insistir na festa da lascívia, da promiscuidade e da permissividade momesca.

O Carnaval foi a porta larga para a entrada dos vírus, fartamente portados pelos turistas de centenas de nacionalidades, que aqui despejaram, durante dias, de todas as formas permitidas e, principalmente proibidas, os satânicos germes da morte.

Não foi ouvido o alerta do Mestre: ”entrai pela porta estreita.”

Estamos, apenas, no bate bola de aquecimento.

Tristemente, tal descuido custará, na evolução do jogo, o crescente apagar dos sorrisos nos rostos infantis e juvenis, dos que nem sequer poderão dar um beijo de despedida nos seus mais queridos idosos, impiedosamente ceifados pelo traiçoeiro e inesperado inimigo.

Que lições tirará o País de tão grande descuido?

Tenho certeza de que adquirirá maturidade para respeitar a vida, o outro, a natureza, bem mais do que o tem feito até esses dias.

Mas, principalmente, creio e espero, que a Conversão do espírito colocará a maioria dos homens e mulheres no seu devido lugar, qual seja: de criatura que respeite o Criador, de humano que reverencie o Divino.

E espero, acima de tudo isto, que cheguemos ao clímax de nos reconhecermos todos, de verdade, filhos de um Pai que é Deus!