UMA NOVA ORDEM MUNDIAL? QUAL? COMO?
O que acontecerá após a estabilização da crise, seu término, a superação que se dará não se sabe em que tempo. Pode ser curto ou longo.
Chegamos a uma transição expressiva, planetária e, portanto, global, singular e épica, sem adjetivação à altura de sua grandeza e importância que se fará desenhar na história.
De forma única se mostra e abate-se sobre o mundo com projeções variáveis e indefinidas. É global.
Um inimigo invisível? Não, tem origens definidas, um mal, gerado por quem? Por outro mal ou de ordem natural? O mal também vem da natureza. Malária, Peste bubônica, Febre Amarela, Poliomielite, etc.
O que ocorrerá com a população mundial? Isso é o mais imponderável e imprevisível, creio. Assim creio, pois não se pode medir qual desastre será maior.O desastre que trará muito infortúnio após a passagem dessa crise ou perdas que não se podem quantificar. Não se preenchem vazios por vaticínios improváveis.
O outro lado, quarenta, 40 milhões de desempregados no Brasil, fome e pobreza multiplicadas, é a projeção dos grandes especialistas em economia.
Vai acontecendo desde já nos que têm a renda cessada, principalmente informais e prestadores de serviços. Qualquer ajuda que o governo der não será suficiente. Está fazendo os manejos que pode. Mas não só nesse setor, os trabalhos formais vinculados também serão feridos. Todos serão alvejados, não excluo ninguém.
A estagnação econômica singular traz gigantescas implicações com reflexos que ninguém ignora.
Creio como indica Thomas Friedman, notável jornalista, que "os políticos estão tendo que tomar enormes decisões sobre vida e morte, enquanto atravessam uma neblina com informação imperfeita".
Fazem o que podem os políticos diz ele. E na neblina, que não tem clareza no horizonte, é humano errar.
Especialistas começam a criticar; "espera aí, o que estamos fazendo com nós mesmos? Com nossa economia? Com a próxima geração? Será que essa cura - mesmo por curto prazo - será pior que a doença?"
Difícil dizer alguma coisa objetiva e segura sobre esse cenário.
Quando se espera o que vai acontecer sem nenhuma possibilidade de dados concretos, somente o arbítrio presidindo sem bases firmes lançadas, evidentemente surpresas surgirão. Não existe, portanto, “Ordem Mundial” nova, a desordem não se sabe em que nível se estabelecerá. Espera-se disciplina ao menos para minimizar os grandes impasses que surgirão.
Tomadas de posição podem ter consequências mais graves que a pandemia. Se a letalidade é de 1% e dos mais idosos, não seria mais razoável que esses se protegessem e o isolamento se fizesse por menos tempo para os mais jovens com força de trabalho? Diríamos, 15 dias ou um mês? Arrazoam especialistas.
Os idosos já têm comorbidades. Estão nas portas da partida. Muitos que morreram na Itália são diabéticos graves, insuficientes respiratórios com patologias diversas do sistema, cardíacos e vascularidades comprometidas, hipertensos severos.
Difícil, tudo muito difícil. No Brasil parece que a curva ascendente está mais tímida que em outros países. Parece, clima mais quente. O mal se plasma de forma diversa em lugares que aporta.
Em duas semanas teremos um cenário mais claro.
Que seja confortador.