NOTÍCIAS DA MORTE
A morte nunca bateu tão insistentemente em nossa porta.
as notícias dela vieram pelo correio, de navio, de avião, pelos meios eletrônicos. Suas propagações, ora competem com a velocidade da luz.
O ulular ávido da morte perturba os frágeis humanos desde tempos imemoriais.
Historiadores e pintores clássicos trouxeram até nós lembranças de aterradoras catástrofes provocadas por entes tão invisíveis, quanto perigosos.
Da peste bubônica à gripe espanhola. Da gripe aviária aos surtos da h1n1, os terrores provocados por inimigos mudos e invisíveis tem sido uma constante. Porém, nada que se possa comparar com o pânico do coronavírus.
Em 1947 o argelino Albbert Camus descreveu uma triste realidade em sua obra de ficção: A Peste, em cujo texto descreveu com exímia inteligência as facetas dos horrores, porém com fartas demonstrações de solidariedade em meio ao flagelo.
Infelizmente, cá entre nós, apesar dos esforços governamentais, o que fica evidente é uma disputa política.
Políticos inescrupulosos aproveitam o inoportuno momento para depreciar os adversários.