TROCANDO OS APITOS
(Pequenas crônicas do cotidiano)
Dona Irene,nossa vizinha da rua Espírito Santo,apareceu para uma visitinha.Fazia-se acompanhar de Maria,sua única filha,que mora ao seu lado no topo da rua.
Ao recebe-las no portão,brinquei com ambas, cantarolando:"Meninas que moram na ladeira,e descem a ladeira sem parar...rimos..."
A varanda dos fundos de nossa casa, foi o local para acolhida.
Dona Irene, magérrima,rosto enrugadinho, olhinhos miúdos sob as grossas lentes dos óculos,uma fala deliciosamente mansa que vai fluindo como um bálsamo naquela face encravada de perene serenidade.
Logo surgiu a cuia de chimarrão.Dona Irene,a meu exemplo,não é muita chegada ao "amargo".
Providenciamos-lhe algumas maçãs. Nesta época em nossa região as maçãs são muito vistosas e têm preços reduzidíssimos.
Espalhadas sobre a mesa, deu-se início à sessão nostalgia (coisa que eu "quase detesto")
A idosa ,que observava a cerejeira no canto do muro agora quase desnuda de sua folhagem, recorda:
_Na última vez que os visitei, era dezembro/ 2008, haviam muitas cerejas por ali. Lembram-se ?
Nos deliciamos com seus frutos, além das amoras que existiam em abundância !... Ganhei até um potinho de geléia !
Hoje, servem-me maçãs...E estas maçãs, tão bonitas, fazem-me voltar no tempo
Esta frase foi dita numa sonoridade diferente...Envolta numa transparente emoção.
A narrativa prossegue. Doce, saudosa, macia...
Eu residia no "66", Km 66, dizia ela. Havíamos recém casados .Meu esposo, que Deus o tenha, era chefe de estação e a casa onde morávamos, pertencente à rede ferroviária, ficava ao lado da estação de trens. Lembro-me das maçãs argentinas ! Aquelas...Envolvidas num papelzinho roxo,que eram vendidas na plataforma de embarque. Meu esposo sempre a s trazia pra casa. Agora, por alguma razão, estas maçãs acabaram me fazendo retomar aqueles embarques e desembarques, quando era eu ainda muito jovem e , da minha janela, apreciava "idas e vindas" , sorrisos e salegrias naquela gente.
Em silêncio eu lhe ouvia e dentro de mim confesso ter ouvido latejar o apito daquelas “Maria fumaça” que iam parando lentamente na sutileza das lembranças marejadas que orbitavam sob aquêle par de lentes grossas.
Parecendo-me insensível,quebrei o encanto do momento.Pus-me a falar sobre o local onde ela hoje reside.Era ali, dona Irene, onde existia a "Escola Isolada" em que aprendi as primeiras letras.Eram duas pequenas salas interligadas por um pavilhão com piso de tijolos onde ocorriam os nossos recreios.
Eram poucas as casas, o gado ruminava a preguiça pelas estradinhas de chão batido e haviam cones de feno seco ao fundo dos quintais.
A casa de vó Izaura era um pouco abaixo da escolinha e era para lá que eu escapava, vez e outra, pra filar um cafezinho.
Ao lado direito da escola ,havia uma enorme árvore de "magnólias" com suas flores brancas, perfumadíssimas, que nos desafiavam a escalar até os mais altos galhos a catá-las como oferendas carinhosas às nossas tão queridas professoras.
As salas de aula embalsamavam-se naquele aroma, exótico e misterioso, que aos poucos ia se misturando ao cheiro de fumaça da refinaria de carvão não muito distante dali.
Das janelas da sala de aula, podia-se avistar a igrejinha no alto da colina e a olaria com sua imponência nas paredes pintadas de vermelho.
O apito era muito forte ! E a gente ficava à espera do “urro” das
17 horas quando éramos devolvidos às nossas casas.
Numa noite gelada de inverno o fogo lhe consumiu, restando tão somente a chaminé enorme a clamar aos céus.
Percebi aquele apito escandaloso – que ela não conheceu - a inundar-lhe o imaginário.
Ela, então , abriu um sorriso terno e amistoso, como que tivesse vivenciado minhas lembranças.
Assim, ficamos "quites" como se diz no popular.
Eu que havia sorvido o apito da sua romântica Maria Fumaça, em troca lhe remeti ao apito esbravejante da minha saudosa olaria.
" Memories “ ,dona Irene !...” Memories !..."
Texto reeditado.Preservados os comentários ao texto anterior:
15/01/2016 00:57 - Giustina
Relendo a crônica, não resisti e li todos os comentários! Quanta gente que a gente tem saudades e, por algum motivo, não se reúne mais no Recanto das Letras! Sinto saudades daqueles tempos dos Maria Fumaça, mas sinto saudades também dessa turma que tínhamos por aqui e hoje migrou para o face ou simplesmente sumiu. Abração.
07/07/2010 12:47 - tarcisio [não autenticado]
Lembrei da árvore, a escola eu não frequentei... Mas a tal panela de dinheiro que meu tio morreu dizendo tá lá enterrada no local da árvore.. Quem sabe né...rsrs Abraço
30/06/2010 08:31 - Arminda [não autenticado]
As lembranças que tenho dessa olaria são enormes,pois sempre ia levar café ao meu pai que lá trabalhou a vida toda como voce deve lembrar.
10/05/2010 01:08 - Lilian Reinhardt
Maravilhoso! Senti-me junto ouvindo...lembrei-me dos grandes chaminés das Olarias, da Maria Fumaça inesquecível, realmente os apitos são parecidos...e tudo convida ao enredo da lira da vida, com a poesia sentada à mesa com seu poeta, cumprimentos! um grande abraço!
25/04/2010 20:51 - Maria Iaci
Seu jeito de contar estas lembranças é simplesmente encantador, Joel. Você descreve fatos, lugares e pessoas de tal modo que a gente vê um filme passando na imaginação. Deixe eu me repetir aqui, por sua única e exclusiva "culpa": que bela crônica! Um beijo carinhoso na testa. :)
23/04/2010 18:41 - Rejane Chica
Lindas lembranças ,com certeza! Muito legal! abração,tudo de bom,chica
23/04/2010 13:58 - RosaAmbiance
Poeta, voltei para te dizer que tem uma INTERAÇÃO NOSSA LÁ NA MINHA PÁGINA. Espero que goste. Ah, obrigada pela maçã. Deliciosa! Rsrsrs... Vá lá, mas de segure por favor. Abraços.
23/04/2010 09:59 - Dante Marcucci
Sempre belas lembranças, Gaucho Honorário...Deu pra sentir o perfume das magnólias...e ouvir o apito. Parabens. Um abraço
23/04/2010 04:17 - josé cláudio Cacá
Joel, você, além de magnífico contista, vi que , como eu, gosta de flores. Sempre tem umas azaléias, umas magnólias, umas rosas, enfim um perfume dessas companheiras de enfeitar a vida nos seus contos já tão olorosos. Mais uma beleza! Meu abraço. Paz e bem. ///Eu não sei direito fazer um conto . Eu fiz um sobre umas lembranças de meu tempo de mineração e depois eu gostaria que você desse uma corrida de olhos para mim. Acho que é mais a sua especialidade. Chama-se: CONTO DE UMA MINA APENAS.
22/04/2010 20:41 - Maria Olimpia Alves de Melo
Arantina, a cidade onde eu nasci, era quase uma estação...íamos lá para ver os trens chegando e partindo. quando meu pai viajava de trem, trazia maçãs argentinas...uma escola igualzinha a essa, sem as magnólias e duas olarias cujo apito marcava a hora do almoço e do jantar...Santo Deus!!!Igualzinho ao seu mundo, o meu.
22/04/2010 19:45 - RosaAmbiance
Boa noite! Perdoa-me o oferecimento, mas de oferecida sentei ao lado de vocês, digo ao lado dos que proseavam viajando nas lembranças. Você escreve o texto de forma leve, doce, gostosa que foi me envolvendo, eu fui gostando... A única coisa que me faltou foi me oferecerem uma linda maçã. Rsrs. Fica para outra vez. Estou satisfeita em te ler. Abraços e convido-lhe a conhecer meu trabalho. Até logo...
22/04/2010 16:40 - Anita D Cambuim
Como é bom conversar assim com velhos amigos! Vem a paz que nos aquece o coração. E sobrou um pouco para mim que aprecio tanto ler seus causos.
22/04/2010 14:23 - Malgaxe
Feliz de quem tem a memória privilegiada e o talento notório como você tem joel, atento sempre para tudo que acontece e que aos olhos de outros não passam de pequenos momentos sem importancia. Um texto singelo, mas muito belo em sua nostalgia. Grande abraço
22/04/2010 13:25 - tropporj
...Lembranças Sr Iratiense; e fizeste-me lembrar de meu bairro de infância, minha Querida Olaria... lembranças... Que prazer lhe conhecer. Prometo voltar. Após ler tão interessante texto, aproveito para convidar a passar em meu perfil e em meio a tres Acrósticos, tomar UMA BEBIDA e contemplar O FIM. BJOS DO TROPPORJ.
22/04/2010 12:59 - Lenapena
Ai que gostosas essas lembrancas.... que bom quem cultivou tao belas recordacoes, e tao grata amizade. parabéns
22/04/2010 00:52 - Helena da Rosa
Oi, Joel!Estas tuas doces lembranças sempre remetendo-nos ao passado, lembrando momentos de nossa história que foram tão bons!. Parabéns, adoro te ler. bjs helena
21/04/2010 23:10 - CONCEIÇÃO GOMES
Delicias das delicias ler voce, meu poeta predileto.
21/04/2010 22:46 - Lisyt
Joel, às vezes, um simples apito é capaz de desencadear lembranças que julgávamos perdidas. Aí, Você, com seu talento, transforma essas lembranças em primoroso texto. Abraços e uma Boa Noite!
21/04/2010 20:43 - Rosso
"Quando o apito da fábrica de tecido vem ferir os meus ouvidos, eu me lembro de você. Mas você anda sem dúvida bem zangada ou está interessada em fingir que não me vê. Você que atende ao apito de uma chaminé de barro, por que não atende ao grito tão aflito da buzina do meu carro?" Noel e Iratiense, um parceria que daria muito certo...
21/04/2010 20:14 - Giustina
Ah, essa "Maria Fumaça" me traz também lembranças da infância. E era nesse trem, que levava milênios para chegar ao destino, que a gente também adquiria as famosas maçãs argentinas, enroladas em papel roxo. Nossas lembranças são parecidas... eu me identifico em muitas das tuas crônicas. Beijão.
joelgomesteixeira@hotmail.com
(Pequenas crônicas do cotidiano)
Dona Irene,nossa vizinha da rua Espírito Santo,apareceu para uma visitinha.Fazia-se acompanhar de Maria,sua única filha,que mora ao seu lado no topo da rua.
Ao recebe-las no portão,brinquei com ambas, cantarolando:"Meninas que moram na ladeira,e descem a ladeira sem parar...rimos..."
A varanda dos fundos de nossa casa, foi o local para acolhida.
Dona Irene, magérrima,rosto enrugadinho, olhinhos miúdos sob as grossas lentes dos óculos,uma fala deliciosamente mansa que vai fluindo como um bálsamo naquela face encravada de perene serenidade.
Logo surgiu a cuia de chimarrão.Dona Irene,a meu exemplo,não é muita chegada ao "amargo".
Providenciamos-lhe algumas maçãs. Nesta época em nossa região as maçãs são muito vistosas e têm preços reduzidíssimos.
Espalhadas sobre a mesa, deu-se início à sessão nostalgia (coisa que eu "quase detesto")
A idosa ,que observava a cerejeira no canto do muro agora quase desnuda de sua folhagem, recorda:
_Na última vez que os visitei, era dezembro/ 2008, haviam muitas cerejas por ali. Lembram-se ?
Nos deliciamos com seus frutos, além das amoras que existiam em abundância !... Ganhei até um potinho de geléia !
Hoje, servem-me maçãs...E estas maçãs, tão bonitas, fazem-me voltar no tempo
Esta frase foi dita numa sonoridade diferente...Envolta numa transparente emoção.
A narrativa prossegue. Doce, saudosa, macia...
Eu residia no "66", Km 66, dizia ela. Havíamos recém casados .Meu esposo, que Deus o tenha, era chefe de estação e a casa onde morávamos, pertencente à rede ferroviária, ficava ao lado da estação de trens. Lembro-me das maçãs argentinas ! Aquelas...Envolvidas num papelzinho roxo,que eram vendidas na plataforma de embarque. Meu esposo sempre a s trazia pra casa. Agora, por alguma razão, estas maçãs acabaram me fazendo retomar aqueles embarques e desembarques, quando era eu ainda muito jovem e , da minha janela, apreciava "idas e vindas" , sorrisos e salegrias naquela gente.
Em silêncio eu lhe ouvia e dentro de mim confesso ter ouvido latejar o apito daquelas “Maria fumaça” que iam parando lentamente na sutileza das lembranças marejadas que orbitavam sob aquêle par de lentes grossas.
Parecendo-me insensível,quebrei o encanto do momento.Pus-me a falar sobre o local onde ela hoje reside.Era ali, dona Irene, onde existia a "Escola Isolada" em que aprendi as primeiras letras.Eram duas pequenas salas interligadas por um pavilhão com piso de tijolos onde ocorriam os nossos recreios.
Eram poucas as casas, o gado ruminava a preguiça pelas estradinhas de chão batido e haviam cones de feno seco ao fundo dos quintais.
A casa de vó Izaura era um pouco abaixo da escolinha e era para lá que eu escapava, vez e outra, pra filar um cafezinho.
Ao lado direito da escola ,havia uma enorme árvore de "magnólias" com suas flores brancas, perfumadíssimas, que nos desafiavam a escalar até os mais altos galhos a catá-las como oferendas carinhosas às nossas tão queridas professoras.
As salas de aula embalsamavam-se naquele aroma, exótico e misterioso, que aos poucos ia se misturando ao cheiro de fumaça da refinaria de carvão não muito distante dali.
Das janelas da sala de aula, podia-se avistar a igrejinha no alto da colina e a olaria com sua imponência nas paredes pintadas de vermelho.
O apito era muito forte ! E a gente ficava à espera do “urro” das
17 horas quando éramos devolvidos às nossas casas.
Numa noite gelada de inverno o fogo lhe consumiu, restando tão somente a chaminé enorme a clamar aos céus.
Percebi aquele apito escandaloso – que ela não conheceu - a inundar-lhe o imaginário.
Ela, então , abriu um sorriso terno e amistoso, como que tivesse vivenciado minhas lembranças.
Assim, ficamos "quites" como se diz no popular.
Eu que havia sorvido o apito da sua romântica Maria Fumaça, em troca lhe remeti ao apito esbravejante da minha saudosa olaria.
" Memories “ ,dona Irene !...” Memories !..."
Texto reeditado.Preservados os comentários ao texto anterior:
15/01/2016 00:57 - Giustina
Relendo a crônica, não resisti e li todos os comentários! Quanta gente que a gente tem saudades e, por algum motivo, não se reúne mais no Recanto das Letras! Sinto saudades daqueles tempos dos Maria Fumaça, mas sinto saudades também dessa turma que tínhamos por aqui e hoje migrou para o face ou simplesmente sumiu. Abração.
07/07/2010 12:47 - tarcisio [não autenticado]
Lembrei da árvore, a escola eu não frequentei... Mas a tal panela de dinheiro que meu tio morreu dizendo tá lá enterrada no local da árvore.. Quem sabe né...rsrs Abraço
30/06/2010 08:31 - Arminda [não autenticado]
As lembranças que tenho dessa olaria são enormes,pois sempre ia levar café ao meu pai que lá trabalhou a vida toda como voce deve lembrar.
10/05/2010 01:08 - Lilian Reinhardt
Maravilhoso! Senti-me junto ouvindo...lembrei-me dos grandes chaminés das Olarias, da Maria Fumaça inesquecível, realmente os apitos são parecidos...e tudo convida ao enredo da lira da vida, com a poesia sentada à mesa com seu poeta, cumprimentos! um grande abraço!
25/04/2010 20:51 - Maria Iaci
Seu jeito de contar estas lembranças é simplesmente encantador, Joel. Você descreve fatos, lugares e pessoas de tal modo que a gente vê um filme passando na imaginação. Deixe eu me repetir aqui, por sua única e exclusiva "culpa": que bela crônica! Um beijo carinhoso na testa. :)
23/04/2010 18:41 - Rejane Chica
Lindas lembranças ,com certeza! Muito legal! abração,tudo de bom,chica
23/04/2010 13:58 - RosaAmbiance
Poeta, voltei para te dizer que tem uma INTERAÇÃO NOSSA LÁ NA MINHA PÁGINA. Espero que goste. Ah, obrigada pela maçã. Deliciosa! Rsrsrs... Vá lá, mas de segure por favor. Abraços.
23/04/2010 09:59 - Dante Marcucci
Sempre belas lembranças, Gaucho Honorário...Deu pra sentir o perfume das magnólias...e ouvir o apito. Parabens. Um abraço
23/04/2010 04:17 - josé cláudio Cacá
Joel, você, além de magnífico contista, vi que , como eu, gosta de flores. Sempre tem umas azaléias, umas magnólias, umas rosas, enfim um perfume dessas companheiras de enfeitar a vida nos seus contos já tão olorosos. Mais uma beleza! Meu abraço. Paz e bem. ///Eu não sei direito fazer um conto . Eu fiz um sobre umas lembranças de meu tempo de mineração e depois eu gostaria que você desse uma corrida de olhos para mim. Acho que é mais a sua especialidade. Chama-se: CONTO DE UMA MINA APENAS.
22/04/2010 20:41 - Maria Olimpia Alves de Melo
Arantina, a cidade onde eu nasci, era quase uma estação...íamos lá para ver os trens chegando e partindo. quando meu pai viajava de trem, trazia maçãs argentinas...uma escola igualzinha a essa, sem as magnólias e duas olarias cujo apito marcava a hora do almoço e do jantar...Santo Deus!!!Igualzinho ao seu mundo, o meu.
22/04/2010 19:45 - RosaAmbiance
Boa noite! Perdoa-me o oferecimento, mas de oferecida sentei ao lado de vocês, digo ao lado dos que proseavam viajando nas lembranças. Você escreve o texto de forma leve, doce, gostosa que foi me envolvendo, eu fui gostando... A única coisa que me faltou foi me oferecerem uma linda maçã. Rsrs. Fica para outra vez. Estou satisfeita em te ler. Abraços e convido-lhe a conhecer meu trabalho. Até logo...
22/04/2010 16:40 - Anita D Cambuim
Como é bom conversar assim com velhos amigos! Vem a paz que nos aquece o coração. E sobrou um pouco para mim que aprecio tanto ler seus causos.
22/04/2010 14:23 - Malgaxe
Feliz de quem tem a memória privilegiada e o talento notório como você tem joel, atento sempre para tudo que acontece e que aos olhos de outros não passam de pequenos momentos sem importancia. Um texto singelo, mas muito belo em sua nostalgia. Grande abraço
22/04/2010 13:25 - tropporj
...Lembranças Sr Iratiense; e fizeste-me lembrar de meu bairro de infância, minha Querida Olaria... lembranças... Que prazer lhe conhecer. Prometo voltar. Após ler tão interessante texto, aproveito para convidar a passar em meu perfil e em meio a tres Acrósticos, tomar UMA BEBIDA e contemplar O FIM. BJOS DO TROPPORJ.
22/04/2010 12:59 - Lenapena
Ai que gostosas essas lembrancas.... que bom quem cultivou tao belas recordacoes, e tao grata amizade. parabéns
22/04/2010 00:52 - Helena da Rosa
Oi, Joel!Estas tuas doces lembranças sempre remetendo-nos ao passado, lembrando momentos de nossa história que foram tão bons!. Parabéns, adoro te ler. bjs helena
21/04/2010 23:10 - CONCEIÇÃO GOMES
Delicias das delicias ler voce, meu poeta predileto.
21/04/2010 22:46 - Lisyt
Joel, às vezes, um simples apito é capaz de desencadear lembranças que julgávamos perdidas. Aí, Você, com seu talento, transforma essas lembranças em primoroso texto. Abraços e uma Boa Noite!
21/04/2010 20:43 - Rosso
"Quando o apito da fábrica de tecido vem ferir os meus ouvidos, eu me lembro de você. Mas você anda sem dúvida bem zangada ou está interessada em fingir que não me vê. Você que atende ao apito de uma chaminé de barro, por que não atende ao grito tão aflito da buzina do meu carro?" Noel e Iratiense, um parceria que daria muito certo...
21/04/2010 20:14 - Giustina
Ah, essa "Maria Fumaça" me traz também lembranças da infância. E era nesse trem, que levava milênios para chegar ao destino, que a gente também adquiria as famosas maçãs argentinas, enroladas em papel roxo. Nossas lembranças são parecidas... eu me identifico em muitas das tuas crônicas. Beijão.
joelgomesteixeira@hotmail.com