Quem parte e reparte...
Quem parte e reparte...
19mar20
O vírus que aqui chegou destruiu o que tínhamos de mais admirável para todo o mundo nossa alegria e integração. Sempre fomos reconhecidos como um povo solidário e de nós mineiros diziam que éramos “solidários no câncer”, mas, ainda assim, solidários.
E como um câncer vemos o vírus tomando todo o organismo desta nação e destruindo nossa interdependência de um funcionamento harmônico e compassado onde desvios de opiniões eram encarados como algo natural e servia como estímulo a debates cultos, inteligentes e íntegros.
Ele tem uma força destruidora jamais vista e seu período de contágio já se estende por quase duas décadas. Ataca o cérebro e é impossível de ser diagnosticado ou testado. Fica oculto no organismo e seu principal sintoma é a inflexibilidade na capacidade de pensar. O raciocínio e o tirocínio se enrijecem de tal forma que leva aos que dele, o vírus, são hospedeiros a uma cegueira mental que os torna incapaz de entender que prioridades existem e que valores são características que ficam incrustadas na alma e formam nosso caráter.
Talvez o COVID19 tenha vindo para exterminar este vírus que chegou ao Brasil em 2003.
Geraldo Cerqueira