Apesar de...

17mar20

Apesar da gripe espanhola pôs 1ª guerra que vitimou aproximadamente 100 milhões de pessoas, nós estamos aqui.

Apesar da bomba atômica que cairia sobre as nossas cabeças na época da guerra fria ainda estamos aqui.

Apesar do aquecimento global que derreteria as calotas polares e inundaria continentes e exterminaria a humanidade quer seja por tsunamis ou por inversão térmica, nós estamos aqui.

Apesar da ameaça da inteligência artificial onde os homens construiriam máquinas inteligentes o suficiente para exterminar a maior ameaça a vida: o homem. Nós ainda estamos aqui.

Apesar de você da esquerda, do centro ou da direita nós estamos aqui.

Apesar do Tifo, da malária, do EBOLA, do H1N1, da Gripe Aviaria nós estamos aqui.

A humanidade age como o motorista do ônibus Saens Peña lá do Rio que quando via o coletivo superlotado freava, acelerava ou virava o volante para a direita ou para a esquerda para ajeitar “a carga” e assim fazer embarcar mais dez ou quinze. O novo vírus, criado em laboratório ou por mutação espontânea, veio, mutatis mutandis, reestabelecer a ordem natural.

Vivemos uma época de total intolerância. A vida foi banalizada, valores foram destruídos, símbolos e crenças desrespeitados e afrontados. A família foi destruída em suas raízes. Primeiro era o “casa - separa” e hoje nem se casa, hoje se fica com quem, como e quando quiser independentemente de gênero, número e grau.

Valores são patrimônios herdados, mas herança vem dos pais, vem das famílias e as famílias acabaram, tal e qual os rios de minha Minas Gerais.

A natureza é sábia e ela sempre procurará seu equilíbrio sem dó ou piedade. A tendência é que ela elimine o que a desequilibrou. Afinal não existe fim e sim transformação e apesar disto nós estaremos aqui.

Geraldo Cerqueira