A intimidade entre Hipnos e Morfeu

Nada é mais íntimo que a cama da gente. Quando de manhã despertamos sem pressa de sair da posição horizontal, podemos curtir por mais alguns minutos, delícias como o toque macio do lençol; o morno calor desses tecidos que envolveram nosso corpo durante a noite; o conforto do nosso travesseiro (ou travesseiros, no meu caso) e até podemos sentir o cheiro bom que fica impregnado na nossa roupa de dormir.
Antes de abrirmos a janela para o mundo, fechamos nossos olhos mais uma vez estendendo uma mão à Hipnos para reingressar-nos ao estado de sonolência e, quem sabe, engatarmos mais uma jornada de viagem ao mundo obscuro dos sonhos.
Esses momentos são muito especiais...
Mas se o sono enfim não vier, ligaremos a TV para o simples prazer de mudar os canais sem o objetivo de se apegar a nada daquilo que está sendo transmitido, ou então, caçaremos o celular para ver as últimas notícias e publicações nos aplicativos sociais.
Largados em nosso aconchego, sentimos por instantes que o tempo é nosso e, por ser tão nosso, nada melhor que nos rendernos às pálpebras pesadas, deixando tudo de lado e num bocejo demorado, daqueles que até provocam lágrimas; virarmos para o lado, aproveitando a carona na última barca em meio as brumas encantadas no Território de Morfeu...
Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 19/03/2020
Reeditado em 01/04/2020
Código do texto: T6891273
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