Brasil: Calamidade pública desde janeiro de 2019
O que era histeria ontem, é calamidade pública hoje. Essa é a cara do governo presidido por um sujeito desqualificado, inepto, irresponsável e muito perigoso para a sociedade.
Em ato terrorista, incentivou fanáticos a irem às ruas no dia 15, para que se tornassem hospedeiros e vetores na propagação do vírus, criando ambiente para justificar as medidas posteriores.
Com o decreto, o governo vai poder fazer uma intervenção na economia em nome da garantia de empregos, para que empresas não quebrem, além de investir na saúde daqueles que mais necessitam.
Sinceramente, quem quiser que acredite, o que parece é que a prioridade é fazer política e abafar o desastre econômico e social.
Esse mecanismo, na minha opinião, será usado para controlar diretamente o orçamento federal sem responsabilidade fiscal, atrasando gastos obrigatórios e antecipando receitas, além de conferir poderes excessivos ao executivo e ainda dispensar licitações.
As imagens que ilustram o momento e que não poderão faltar nos livros sobre os dias atuais são: Bolsonaro, com suspeita de infecção, apertando mãos e fazendo selfies, quando deveria estar no isolamento, e o enquadramento moral do jovem imigrante haitiano diante de um Presidente humilhado, velhaco e patético.
Em um caos hipotético, porém possível, poderemos viver dias de desabastecimento e consequentes saques, estado policialesco, perseguição a partidos e políticos de esquerda, a jornalistas, colunistas, estudantes e organizações de classes que se posicionem contra as arbitrariedades inerentes ao estado de exceção.
Sem subestimar o coronavírus, mas o caminho está sendo pavimentado para a instauração de mais uma ditadura.
Que o caos nos seja leve!
Ricardo Mezavila