Insanidade ruminante I

Complicado seguir mantendo a sanidade em um país onde a loucura se instucionalizou. Mal se acomoda o susto da noite, o coração já se põe em alerta para o acontecimento seguinte. O que não pressupõe que o anterior foi solucionado. E o país segue como um carro desgovernado e sabidamente sem condutor habilitado. Nenhuma curva atenuada, nem dos buracos desvia.

Bob Fernandes, jornalista com sagacidade e inteligência enumera os acontecimentos recentes na política, na economia, e claro, em tempos de coronavirus a instituição presidência exibe os habituais surtos paranóicos e por que não megalomaníacos.

Um desfile de maluquices aplaudidas pela "claque" que o simples acenar gera um "orgasmo". Não exagero. Estão tão fora de si que não ouvem, não conversam, nem mesmo dialogam. Como uma turba de cães ensandecida, só atendem o assobio do dono. Não escutam argumentos, informações se não estiver em consonância com o mito. Nem se apercebem que o significado da palavra é irreal, imaginário.

Com o fundo musical da Marcha fúnebre de Chopin, imagens de acontecimentos, manchetes são exibidas entrecortadas por imagens de mata-burros. Estes são colocados em estradas que cortam propriedades para que o gado não vá para o terreno vizinho.

A sensação de desesperança cresce a medida que o vídeo se aproxima do final. O cansaço é evidente, inegável. Talvez essa sensação seja uma percepção dos progressistas, pois pelo tom belicoso dos conservadores, o ódio parece se revigorar a cada surto presidencial. Parece não ter limite a insanidade do atual mandatário e não se cansa o gado de andar a esmo, sem comer, sem beber, sem futuro, a não ser o matadouro.