QUARENTENA. CRISTO SE ISOLOU NO DESERTO.

A felicidade é a certeza que sua vida não está passando inutilmente. Em termos, longe de superficialidades e futilidades. Sua contribuição social se possível deve se apresentar formalmente. E seus valores devem arbitrar pelo menos as menores certezas, as de que nosso interior não anda vagueando entre a inutilidade, o desprezo, o egoísmo, a avareza e exponencialmente a inveja.

Os fenômenos da natureza de qualquer ordem, desde os cataclismos até pestes e pandemias, com grande interferência na vida dos povos, acontecem provocando dizimações através de vários meios. É uma sinalização de que algo está errado.

Existem aspectos objetivos e subjetivos. Para alguns as desordens pessoais, caminhantes do pessoalismo e individualidades até gestões de mando governamental, onde a segregação de valores maiores são concorrentes para os dois lados, merecem sob essa angulação consideração e valoração. Questão de enfoque segundo critérios sob esses aspectos vestibulares apontados. Subjetivo/objetivo.

Uma parada nas hostes humanas, quarentena mundial ou quase, em algumas proporções diversas, sugere uma advertência de como caminhamos e estamos nos conduzindo; os rumos da humanidade.

Ao menos uma analogia coincidentemente momentânea aflora surpreendente. Estamos no período da Quaresma.

A Quaresma, quarenta dias que se termina na Páscoa, Ressurreição, foi o espaço de tempo que Jesus se isolou em “quarentena” no deserto, para medir sua caminhada até aquele ponto, ganhar forças, circunscrever o essencial e, principalmente, ACEITAR ao que deveria se submeter pela vontade de seu Pai.

É a inevitabilidade que desabava na Sua jornada de Vida Pública.

As caóticas condições modernas a que se submete o mundo, resultam de padrão de vida que nos vieram desse mesmo Pai, Primeiro Movimento, Razão de tudo, que nos deu escolha, livre arbítrio, mas após, através de Seu Filho, que sacrificou em nome do amor ao próximo, ensinamentos de condução com dignidade e fraternidade ao respeito entre todos, desde o pessoal até entre nações.

Isto se isola em indiferença, e talvez por isso essa mesma força nos quer isolados, todos, para meditarmos nas péssimas escolhas feitas.

Existem várias guerras onde se conhecem os inimigos e de onde vem a ameaça. Essa guerra que se inicia, solta no ar, de levezas mortais, sutis, é guerra que não se pode precisar de onde partem as balas, os mísseis. Está em qualquer lugar. Só através da prudência podemos neutralizar a agressão, a mesma prudência que vem faltando ao mundo através do homem para ser menos agressivo e mais amoroso.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/03/2020
Reeditado em 16/03/2020
Código do texto: T6889376
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