Zeca Pauleira
Conheço alguns tipos de encordoamento (isto é, de espessuras diferentes). O mais fino – a corda E da guitarra elétrica – não tem a espessura nem a resistência (sim, sim: é bem mais resistente que o fio produzido pelo bichinho de quem vou falar) de uma teia de aranha – que remete a uma fina linha de (ARGH!) pesca. No entanto, uma teia de aranha (além do bichinho propriamente dito) é, na minha (ingênua?) concepção, uma evidência ("provas" implicam maior conhecimento da causa...) da existência de uma Inteligência Superior e Universal. Chamai-a de "Deus" (o termo é belo, objetivo, mas... permeado de ranço religioso; logo, pode parecer pregação minha e, como eu não tenho religião...), "Criador" etc. Porém, fato é que essa Força Criadora independe de título, nome etc. Os dias, as noites, as estações do ano; a Mamãe Natureza: evidenciam a existência (e, para citar parte do Pensamento Spinoziano) da tal Inteligência Superior Universal. Dou crédito a essa ideia. E talvez ela esteja, agora, tocando as cordas que regem a harmonia do universo. Música além de nossa compreensão. Aê, Maestro Supremo!