SERENIDADE.
Gosto de destacar o que disse um sábio rabino perguntado como via o futuro diante das grandes convulsões do mundo. Todas.
Respondeu: não sei o que vai acontecer em horas, amanhã, como vou predizer o futuro. Também nada de forma absoluta sabemos dessa nova pandemia, a não ser o que já se fez desenhar,fartamente, esclarecer e combater.
Não temos controle de nada, apenas pensamos na nossa insciência ter. Na verdade somente não ignoramos - e assim mesmo acontece - o óbvio que acontece no curricular.
Meu pai com dezessete anos enfrentou e teve a gripe espanhola, sobreviveu, não existiam recursos como hoje, nem mesmo informação, estava interno estudando em Colégios Salesianos. Estava diante do inevitável cuja inevitabilidade o poupou. Ajudou muita socialmente com suas atividades.
Algo no leme das destinações queria poupá-lo. Todos estamos marcados pela inevitabilidade do destino. Existe um relógio temporal para nós desconhecido da mesma forma que fomos chamados para aqui aportar sem nada sabermos da convocação, do ingresso nesse espaço, qual foi o processo realizador – exclusive o congresso de dois gametas - QUEM o comandou, por que o fez acionado e por qual movimento deflagrador.
São os interrogativos que agitaram e agitam os humanos.De forma principal ou diletante.
Essa mesma agitação se denota com os impulsos da nova ameaça. Nada se resolve com ansiedade que conturba, somente agrava.
Precisamos estar serenos para o transcurso da nova epidemia já pandêmica. Ninguém irá alterar seu curso. Estamos no grau próximo do 1, e rapidamente, em duas semanas chegaremos ao pico.
Estima-se 40.000 contaminações, infectados com necessidade de tratamento. É incidência mediana diante da demografia de 220 milhões. Mas nada pode se projetar com segurança, é o que dizem os especialistas.
Estivéssemos sem comando, abruptamente iria surgir a surpresa que tomou conta da Itália. Não ocorrerá no Brasil, desde que, destaque-se, desde que as pessoas, os habitantes das metrópoles, onde estão as aglomerações, e mesmo menores proximidades, sigam as indicações das autoridades de saúde.
Não podemos prever se medidas tomadas hoje como em França, fecharem bares, bistrôs e restaurantes aqui ocorram.
O que se faz? Estamos em observação do avanço da doença que ataca violentamente os mais idosos e tem como hospedeiros todos.
Se a progressão for geométrica, medidas restritivas mais fortes serão tomadas, como na Itália, França, Espanha. Esperemos que por aqui a doença não avance tanto. Serenidade é indispensável.
O problema é matemático, nenhum país tem leitos com assistência ventilada, para atender demanda gigante ocorrente em pequeno lapso de tempo. Doentes que necessitam assistência ventilatória ficam três semanas em UTIS. O objetivo da quarentena é paralisar essa demanda, senão morrerão muitos nas portas dos hospitais. Estamos transferindo a temporalidade, contaminação existirá, e assim será menor a estimativa, A responsabilidade é de todos nós. Fiquem em casa se não for necessário sair. Um mês trará um cenário mais claro.