A RESPOSTA SEMPRE É JESUS DE NAZARÉ.
O "Catecismo Holandês" sacudiu boas cabeças, balançou os anos setenta. Os Bispos de Holanda, de Nijmen, assentaram para grandes indagações: a resposta é Jesus de Nazaré. Assim recolho.
Se morro porque estou vivo deixo alguma coisa além da matéria.
Por que nos sentimos instáveis em relação ao futuro? Por que o temor da morte?
“Não sei quem me pôs no mundo; nem o que é mundo nem o que sou eu mesmo; vivo numa terrível ignorância sobre todas as coisas; não sei o que é meu corpo, o que são meus sentidos, a minha alma e essa parte mesma de mim que pensa o que digo, que medita sobre tudo e sobre ela própria, e não se conhece mais do que o resto”. Voltaire.
Não há dívida dessa ordem indefinida catalizadora de faltas sem o devido resgate, no tribunal da culpa e da inocência.
Estou encarcerado em um átomo. Todos nós. Envolvidos na arrogância de alçar voos até à eternidade. Há pouco sentimento de justiça.
Prepondera querer ser igual diante das desigualdades todas. Pura pretensão.
Há confusão até em achar que as pessoas são iguais quando morrem, por um único motivo, morrem e viram restos mortais. Então todos seriam iguais. Mas são restos mortais diferentes, o único fator igual é que morreram, não mais vivem. Viram pó da mesma forma. E aí vem a manutenção das diferenças porque ninguém é igual, em nada. A falta de igualdade na vida é a mesma na morte.
Alguns nunca serão lembrados, as vezes nem mesmo por familiares. Costumo perguntar, como foi o nome de seu bisavô, poucos sabem. Outros têm exéquias muito simples, até como indigentes serão sepultados.
Uma enorme diferença existirá sempre, como foram quando viveram e depois da morte que lembrança deixaram. Sempre existirão significativas e fortes diferenças que o desaparelhamento pode não perceber embora sejam simplicidades.
E há um valor que se deixa ou não, fora riquezas, bens materiais ou misérias e passivos, o mais importante, a memória da utilidade no que produziram que favorece ao conhecimento em geral, fora o local derradeiro onde são sepultados os restos mortais, cultuados, reverenciados, visitados, lembrados pelos feitos que foram positivos para a sociedade, outros com prédios públicos a que emprestaram seus nomes e homenageados, como em ruas que são referências, praças, etc.
Os túmulos no Grande Cemitério de Milão, com esculturas esculpidas por Michelangelo ornamentam os nobres de grandes e ricas famílias.
É fácil constatar pois as diferenças, simples para raciocínios simples, as mesmas diferenças que existiram em vida se projetam quando do desaparecimento. É inexorável.