Dickens, um profeta

REFLETINDO atordoado com a situação aflitiva de todas as pessoas do mundo, devido a pandemia do Coronavírus, confesso que a minha esperança - o sonho do homem acordado - reside na coragem das pessoas em enfrentar essa praga, no bom senso das autoridades e na competência dos médicos. E, obviamente, nos cientistas que buscam criar a vacina que imuniza contra esse mal. Na verdade, todos temos que nos conscientizar do que podemos fazer nesta luta de enfrenamento contra esse inimigo poderoso, mas não invencível. É necessário evitar o desalento. Sim, sei que de certa forma vamos ter que entender que estamos sendo obrigados a ser prisioneiros e solitários, vamos enfrentar um período difícil.

Quando penso nisso me vem à mente um trecho do romance de Diickens, Um Conto para Duas cidades", releio e fico triste, desejando que a profecia dele seja apenas ficção de outra época:

"Foi o melhor dos tempos. Foi o pior dos tempos. Foia idade da sabedoria, foi a idade da tolice. Foi a época da fé, foi a época da incredulidade, Foi a estação da luz, foi a estação das trevas. Foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero. Tínhamos tudo diante de nós. Todos íamos para o céu, todos íamos para o outro lado".

Que isso não acontece. Deus nos livre. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/03/2020
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