Poderia usar outras palavras para descrever o cenário atual vivenciado pelos heróis e heroínas em nosso país. Poderia dizer que a bizarrice reinante é até engraçada, sendo um chiste em nossa desengonçada democracia.
Poderia utilizar expressões eufemísticas para relatar o desastre verbal e governamental pelo qual passamos, mas, sinceramente toda a polidez do mundo se mostra inútil.
É como o ditado popular é "jogar pérolas aos porcos", que se refere a uma passagem do Evangelho de São Mateus, do Novo Testamento que literalmente afirma: "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos, caso contrário, estes as pisarão, e aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão".
Poderia mesmo tolerar e entender que pela formação e curriculum vitae dos envolvidos, outro não poderia ser o resultado fatal e desgostoso. Mas, se resistirmos e sobrevivermos a tudo isso, sairemos mais fortalecidos como nação e, talvez, quem sabe, em nossa pobre brasilidade.
Que insiste no insano hábito de confiar. De presumir ser inocente e bom mesmo os mais despreparados governantes. E, ainda, assim, envolvidos por nossa inocência inexorável, o importante é não desistir, resistindo, protestando e, principalmente, não abandonando os verdadeiros valores que servirão de esteio para a posteridade.
Parodiando Fernando Pessoa, "navegar é preciso, viver não é preciso". O poeta ao mesmo tempo em que lançava uma sentença sobre a condição do homem, dialogava com a tradição histórica dos portugueses na exploração dos mares.
Contudo, devemos saber que essa interpretação está longe de remontar as origens da célebre frase.
No século I a.C., os romanos viviam ativamente o seu processo de expansão econômica e territorial. Na medida em que Roma se transformava em um vastíssimno império, surgira a necessidade de desbravar os mares, se colocava como elemento crucial para o fortalecimento de uma das mais importantes potências de toda a Antiguidade.
Foi nesse exato contexto que o general Pompeu, por volta de 70 a.C., foi incumbido da missão de transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma.
Naqueles tempos, os riscos de navegação eram grandes, em virtude das limitações tecnológicas e dos vários ataques piratas que aconteciam com relativa frequência.
Sendo assim, os tripulantes daquela viagem viviam um grave dilema: salvar a cidade de Roma da grave crise de abastecimento causada por uma rebelião de escravos, ou fugir dos riscos da viagem mantendo-se confortáveis na cidade de Sicília. Foi então que, segundo o historiador Plutarco, o general Pompeu proferiu essa lendária frase.
Realmente, a afirmação do general Pompeu surtiu bons frutos. A viagem foi realizada com sucesso e o militar ascendeu ao posto de cônsul com amplo apoio de camadas populares romanas.
Pouco tempo depois, esse mesmo prestígio o fez ser um dos integrantes do Primeiro Triunvirato que governou todo o território romano. Por essa razão, mesmo diante de dilemas e tragédias podemos sonhar com um futuro promissor.
P.S. Merece oitiva do poema declamado:
https://www.youtube.com/embed/UZkLt1vt2hI
Poderia utilizar expressões eufemísticas para relatar o desastre verbal e governamental pelo qual passamos, mas, sinceramente toda a polidez do mundo se mostra inútil.
É como o ditado popular é "jogar pérolas aos porcos", que se refere a uma passagem do Evangelho de São Mateus, do Novo Testamento que literalmente afirma: "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos, caso contrário, estes as pisarão, e aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão".
Poderia mesmo tolerar e entender que pela formação e curriculum vitae dos envolvidos, outro não poderia ser o resultado fatal e desgostoso. Mas, se resistirmos e sobrevivermos a tudo isso, sairemos mais fortalecidos como nação e, talvez, quem sabe, em nossa pobre brasilidade.
Que insiste no insano hábito de confiar. De presumir ser inocente e bom mesmo os mais despreparados governantes. E, ainda, assim, envolvidos por nossa inocência inexorável, o importante é não desistir, resistindo, protestando e, principalmente, não abandonando os verdadeiros valores que servirão de esteio para a posteridade.
Parodiando Fernando Pessoa, "navegar é preciso, viver não é preciso". O poeta ao mesmo tempo em que lançava uma sentença sobre a condição do homem, dialogava com a tradição histórica dos portugueses na exploração dos mares.
Contudo, devemos saber que essa interpretação está longe de remontar as origens da célebre frase.
No século I a.C., os romanos viviam ativamente o seu processo de expansão econômica e territorial. Na medida em que Roma se transformava em um vastíssimno império, surgira a necessidade de desbravar os mares, se colocava como elemento crucial para o fortalecimento de uma das mais importantes potências de toda a Antiguidade.
Foi nesse exato contexto que o general Pompeu, por volta de 70 a.C., foi incumbido da missão de transportar o trigo das províncias para a cidade de Roma.
Naqueles tempos, os riscos de navegação eram grandes, em virtude das limitações tecnológicas e dos vários ataques piratas que aconteciam com relativa frequência.
Sendo assim, os tripulantes daquela viagem viviam um grave dilema: salvar a cidade de Roma da grave crise de abastecimento causada por uma rebelião de escravos, ou fugir dos riscos da viagem mantendo-se confortáveis na cidade de Sicília. Foi então que, segundo o historiador Plutarco, o general Pompeu proferiu essa lendária frase.
Realmente, a afirmação do general Pompeu surtiu bons frutos. A viagem foi realizada com sucesso e o militar ascendeu ao posto de cônsul com amplo apoio de camadas populares romanas.
Pouco tempo depois, esse mesmo prestígio o fez ser um dos integrantes do Primeiro Triunvirato que governou todo o território romano. Por essa razão, mesmo diante de dilemas e tragédias podemos sonhar com um futuro promissor.
P.S. Merece oitiva do poema declamado:
https://www.youtube.com/embed/UZkLt1vt2hI