MAL RADICAL. NOVAS FRONTEIRAS. EXTINÇÃO DOS TOTALITARISMOS.

Kant via o impulso radical como integrante da escolha nos inclinados para o mal. Não dissociava qualquer atividade humana desse objetivo inicial da vontade. Sim, vontade e escolha caminham juntos, não existem separadamente, impossível. Mas é possível em determinadas situações separar, vontade, que é a raiz, de seus predicados. Como em política, isso faz Hannah Arendt.

Mal radical e mal banal se instalam em repouso dialético de grandes pensadores modernos.

Hannah Arendt separa a filosofia da teoria política não sem razão, destacando que não se pode indagar sob ângulo político o caráter filosófico do fenômeno, por ser a política pertencente às ideias de determinadas porções, e por isso não ser livre. De outro lado, só a filosofia que parte da indagação dos fenômenos isentos, como os da natureza, podem ser explicados com verdade filosófica. Tem razão a pensadora que nem como filósofa quer ser nominada, mas como teórica política, e assim respeitadíssima.

Direitos humanos são artigo político diante do conceito do bem e do mal, não podem estar presos a interesses de partes, são universais, por exemplo direito aos alimentos.

Não há mal banal na retirada desses conceitos sob o aspecto filosófico natural, todos têm direito a saciarem a fome, mas mal radical político. Já na antiguidade o poeta romano Lucrécio dizia, ninguém pode passar fome. Como se passa fome em Cuba e na Venezuela, por força da atuação dos Estados, não por desacertos econômicos ou crises políticas ou de gestão, mas por força de políticas e encarceramento dos cidadãos, na Venezuela ao menos podem fugir para conseguirem comer, como fazem nas fronteiras do Brasil.

Hannah e o grande Norberto Bobbio se entrelaçam de forma decisiva na tarefa política de lutar com denodo para alijar de nosso horizonte histórico a aterradora eventualidade de uma repetição dos horrores do totalitarismo. Arendt rotulou esse desejo de “amor mundi.”

Arendt, na sua obra “Origens do Totalitarismo”, falou reportando kant no mal radical. Considerou o mal como radical por ser caracterizador da dominação totalitária.Destruir o mundo em função da incapacidade de pensar das pessoas, e se disseminar como fungo.Esse o princípio imbecil e aterrorizante do leninismo que contempla alguns sectários perigosos e de necessário alijamento como vem ocorrendo.

“Testemunhas das barbáries perpetradas pelo nazi-fascismo e pelo stalinismo, assim como da crise profunda dos estados nacionais, que, entre outros fatores, ocasionou a Segunda Guerra Mundial," dizia.

Dessas cabeças surge em expectativa a internacionalização dos direitos de modo a evitar esses futuros horrores que nascem dessas mentes doentias, com soberania internacional de modo a evitá-las e órgãos efetivos de fazer valer esses direitos não controlados efetivamente pelos atuais órgãos existentes.É um sonho.

Mas a castração da idiotia dos totalitarismos e de suas inferiores mentes seguidoras está ocorrendo. Dificilmente hoje alguém se declara um seguidor desse títulos, neonazismo, neofascismo, comunismo, sionismo, e todos que pensam poder controlar a vontade dos cidadãos. Conta-se em flagrante e quase inexistente minoria. Sempre colada à desinformação e despreparo.Tudo isso decorre da péssima educação que obtiveram de ensinamentos obtusos e nada alfabetizados. A sucessão da ausência da compreensão por disfunção.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/03/2020
Reeditado em 08/03/2020
Código do texto: T6883388
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