"A CRIANÇA NO LIMITE" Crônica de: Flávio Cavalcante
A CRIANÇA NO LIMITE
Crônica de:
Flávio Cavalcante
De fato eu não sei o que leva o governo à querer investir no que é errado, com tantas atrocidades acontecendo em nosso país. Estamos vivendo uma época de devaneios, comandada pelos comandantes das leis, que estão focados em diarreias mentais, ou então, podemos dizer, que estamos sendo comandados por um plantel de asnos.
Desde a minha infância, eu aprendi, que quando há um erro tem que ser corrigido, seja lá qual for ele e a dimensão que foi executado. Aprendi também que o time que está ganhando não se deve mexer. Impor limites dentro de casa era uma regra de militarismo que meus pais faziam questão de adotar. Ainda falavam um ditado popular pra frisar bem o recado a ser dado. "CRIANÇA É A ÚLTIMA QUE FALA E A PRIMEIRA QUE APANHA".
Meus pais não precisam bater nos filhos para impor limites dentro de casa, apenas, ensinava o lugar de cada um e isto era atarefado à risca. Bastava o olhar e já entendíamos o recado. Tudo isto numa época, onde as leis funcionavam. Não existia esse tal de "DIREITOS HUMANOS, CONSELHO TUTELAR" E outros setores que vieram para banir da sociedade a função dos pais que é a educação dos filhos.
Impor regras na infância, não significa maus tratos como muitos acham. Estava lendo alguns artigos sobre parlamentares que lançam leis protegendo "NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES " dos maus tratos, que no mínimo que seja a correção e qualquer imposição de regras, a lei já enxerga como uma sessão de tortura psicológica na “CRIANÇA”. Isso acarreta dentro de casa, uma posição onde os pais são obrigados a baixarem as cabeças diante das atrocidades praticadas pelos seus dependentes menores, protegidos por uma lei errônea, que ouviu a banda tocar e nem mesmo sabe aonde.
Vale frisar, que criança de hoje é o nosso futuro de amanhã. A própria natureza nos embasa, mostra na prática como se aprende a cartilha do ABC. Um prédio de dez andares todo feito de alvenaria e ferro fundido, se não tiver a base sólida, não ficará em pé por muito tempo; exemplo este, que faz parte da lei natural.
A base de uma boa criação é a imposição de limites desde à infância. Vê o erro em uma criança e ser obrigado a ficar de mãos atadas por causa das represálias de leis errôneas do país que enxergam os pequeninos como anjinhos, chamando-os de "NOSSAS CRIANÇAS", é ser obrigado a conviver com o erro de hoje e vê a cada dia, esse anjinho ser transformado num demônio devastador e a sua residência ser transformada num cárcere ou mesmo num criadouro de serpentes famintas, prontas pra abocanhar o primeiro que cruzar o seu caminho.
Se não tiver uma base firme, qualquer construção virá à baixo trazendo total prejuízo.
Já é notório o resultado em nossos dias e a primeira colheita dessas leis sem sentido é tornar extinta a falta de senso e respeito na nossa sociedade. Em cada esquina já encontramos, anjinhos protegidos pela mãe gentil, ainda no projeto de "NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ", em cada esquina, becos e vielas, de olhos avermelhados, sujos e abandonados, entregues à revelia de um país irresponsável, que não aguentando o furor do seu erro, soltou as rédeas de uma cavalaria selvagem e desgovernada.
Meninos e meninas entregues ao mundo e à própria sorte e a falta de sorte daquele que cruzar o caminho desses menores delinquentes que pra saciar a necessidade dos seus vícios, estão prontos para o ataque mesmo dispostos a ceifar a vida de outrem sem nenhuma responsabilidade; pois, sabem eles que são protegidos pela “LEI”.
Mais adiante vemos professores acuados em salas de aula por estas "NOSSAS CRIANÇAS ", por não saberem mais qual a sua real função naquele recinto. E ainda ser expostos a uma gangue fortemente armada com armas de calibre pesado, que deveria ser de uso das forças armadas do país e que à qualquer momento poderá ser usada naquele que está ali apenas para prepara-los para o futuro, em troca uma mísera esmola dada pelo governo que eles chamam de salário.
Fecho estas notas, lamentando o pensamento desses parlamentares que deixam muito bem claro para toda uma sociedade, que da cabeça de cada um e da bunda dessas crianças a gente não imagina o que sai. LAMENTAVELMENTE.
Flávio Cavalcante