QUERO
QUERO
07mar20
Quero ver o verde da esperança amadurecer e se cobrir com o amarelo da madura realidade. Realidade de que os representantes que elegemos pelas mais divergentes e antagônicas linhas do pensar estejam dispostos a empreenderem seus esforços por suas crenças e virtudes e não pelo proveito próprio e outras imperfeições. Imperfeições não são exclusividades, mas características de nossa condição humana que nos é dada para que não nos esqueçamos de que a perfeição é a meta. Não posso entender a dispersão do pensar que observamos pela existência de uma infinidade de partidos políticos e que pela dualidade que caracteriza nossa existência se resume em direita e esquerda. Se esquerda é a negação do que está à direita e vice-versa, todos somos de esquerda ou direita quando concordamos ou discordamos. Esta ambiguidade que trazemos é que nos dá o equilíbrio. Nosso caminhar é feito por passos que alterna direita e esquerda senão caímos, as vezes precisamos de um maior esforço e saltamos de pernas juntas para vencer um obstáculo ou pelo extinto de preservação diante do perigo iminente. Se a união faz a força, a dispersão enfraquece. A gestão não pode ser dividida em sua linha central e estratégica entre poderes que se rivalizam. Os poderes como o entendemos deveriam cumprir três bases estruturais daquilo a que chamamos de CONSTITUIÇÃO por ser ela o que se definiu como o “planejamento estratégico” para que uma nação tenha sucesso. Nossa constituição só deveria ser alterada por mudanças globais do mundo em que vivemos onde conceitos, valores e crenças evoluem ou regridem no mesmo compasso dos avanços ou regressões da tecnologia, dos interesses comuns e dos desinteresses. Nossas tribos competem pela sobrevivência, mas ninguém sobrevive sozinho e para representar a vontade comum do desejo que foi convencionado como sendo da maioria, temos as leis e para fazê-las, o poder Legislativo. Ao guardião das leis damos o nome de Judiciário e a ele caberia tão somente dizer se a lei foi ou não cumprida. E o poder Executivo é o vértice deste triangulo basilar a quem cabe executar a vontade do povo representada pelas leis escritas ou reescritas conforme sua vontade. Hoje o que vemos é uma total incompreensão dos papeis, uma balburdia que retarda o desenvolvimento e a evolução daquilo que se destina ao todo pela mesquinhez do singular interesse de poucos. Quando isto ocorre de maneira recorrente e ilimitadamente o povo através da consciência coletiva se manifesta e diz basta! É como se reorganizassem os seus armários todos ao mesmo tempo, e de lá tirassem e queimassem em praça pública, tudo aquilo que atrapalha na busca da melhor vestimenta para o seu futuro.
Geraldo Cerqueira