Ela, Kátia
Kátia, cabelos encaracolados, morena clara, corpo bem feito. Carlos Tito (CT) a conheceu num bar. Uma noite de sexta-feira.
Creio que em 1976.
Tito era milico (militar) naquele tempo. Jovem, tempo em que se deve aproveitar a vida, mas de forma consciente.
Período bom o da juventude. Os demais tempos igualmente são ótimos.
O dono do bar era Seu Zito. Cidadão negro, cabelos meio embranquecidos, gordo. Gostava de jogar dominó. Bar de periferia.
Era rouco, tossia de vez em quando. Certamente a tosse era devido à “porronca”, cigarro rústico com tabaco colocado num papel branco fino.
É muito usado por pescadores e trabalhadores da roça. Zito fumava bastante.
Creio que tenha ele já falecido. Um amigo foi quem levou CT àquele bar. Chamava-se Paulo Roberto. Faleceu jovem.
Ele disse a Tito:
---- Tem um lugar bom pra gente curtir. Lá tem umas “meninas”. Vamos lá?
Ele (CT) se empolgou. Disse: –--- Beleza, sim, vamos lá.
O velho Zito os atendeu. Só de bermuda, com um cigarro na boca.
----- Tudo bem, camaradas? (“camarada” nada tem a ver com comunismo).
As “meninas” - claro – eram do “sexo a dinheiro”, de programa.
Sentaram à mesa. Veio a cerveja.
---- Daqui a pouco chamo Seu Zito. Quero saber se ele tem aí alguém (uma menina), para ti – disse a CT.
Paulo estava liso, sem grana. Chamou Zito, ele veio. Quis saber se havia uma “mina”.
–-- Sim, tem uma, a Kátia. Boa gente, de confiança. Aguarda um pouco.
Os dois a degustar a cerveja.
Zito voltou.
Disse: ---- Ela está vindo. Querem mais uma cerveja?
Trouxe outra. Eis, Kátia chegou. Usava short, corpo bem feito.
--- Essa é Kátia, disse Zito, trate-a bem.
A jovem sentou ao lado de Carlos Tito. Conversaram, se beijaram.
Tito e Katia, noite fria. Depois foram ficar juntos, juntinhos.