O Mocotó de Ricardo* (05/03/2020)
O guerreiro Aquiles, um dos heróis mais famosos da mitologia grega, foi morto por Páris durante a lendária guerra de Tróia, com uma flecha envenenada, de acordo com a versão de Estácio. Por causa disso, a expressão “Calcanhar de Aquiles” ficou popularmente difundida quando se quer designar o ponto fraco de alguém.
Essa ideia de fraqueza e vulnerabilidade está presente nos dias atuais por meio de um equipamento chamado tornozeleira eletrônica: uma forma de pena de substituição à prisão que é utilizada também durante a instrução do processo para monitorar o denunciado.
O dispositivo provoca constrangimento em quem usa, pois é como se antecipasse à sociedade: “Esse é aí é bandido”. Talvez por isso, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e outros acusados na operação Calvário estejam apelando, a todo custo, para que a justiça volte atrás na decisão que o obrigaram a andar “ferrados”.
Nesta quinta-feira (05), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido para desafivelarem as tornozeleiras eletrônicas. A Ministra Laurita Vaz disse ainda que o “Mago” deve continuar se recolhendo a sua residência, cedo da noite.
Penso, cá com os meus botões, que vexame maior não é usar aquele troço atracado ao mocotó, mas ter que calçar sapatos sem meias... – Deve dá um chulé danado.