A PALAVRA E SEU USO
A palavra confere poderes ao homem e o excalça na tarefa que lhe compete na face da terra. O verbo foi pois, com a alma conciente, a maior prerrogativa do Criador à criatura. Desde os promórdios da existência o homem luta para adquirir seu lugar no planeta e a palavra, a princípio insipiente, foi-se alargando em extensão, tornando-se veiculo exato do pensamento.
Desse precioso legado surgiram as maiores conquistas da cultura humana. No entanto, a palavra, como expressão do pensamento, é geratriz de fôrça, de bênção, como também mal dirigida, pode tornar-se veiculo de perdição. Não lhe basta o entono, mas o sentido com que é proferida para dar-lhe força positiva ou negativa.
O homem fala, e fala por vêzes demasiado, por isso nem sempre o verbo tem a a expressão de fôrça, nem sempre traduz verdade.
Muita vez, como um véu grosseiro, a palavra esconde a realidade do pensamento, dando ensejo ao embuste.
Assim não há outra diretriz para o espírito; usar o verbo como veiculo da verdade, dando-lhe a sublimidade espiritual como elemento que liga a criatura à gradiosidade do Criador!