Olavismo, cadeira do dragão e o calvário das viúvas

Na Europa pós-guerra, soldados nazistas invadiam cidades, estupravam mulheres e as mantinham sob ameaças.

Essas mulheres haviam perdido seus maridos na guerra e eram obrigadas a fazer todo o tipo de serviço para os soldados invasores, sendo mal interpretadas pelas famílias tradicionais das cidades.

Quando terminava a ocupação e os soldados iam embora, elas eram levadas pelas mãos daqueles que defendiam os bons costumes, para as praças públicas e lá colocadas sentadas na ‘cadeira do dragão', tinham seus cabelos raspados, eram despidas e suas testas marcadas a ferro com o símbolo da suástica. Muitas não suportaram a humilhação e cometeram suicídio.

Estupidez é um termo que define o que foi o calvário das viúvas, e também apropriado aos bolsominions (fascistóide da extrema direita), que usam o discurso da intolerância contra qualquer motivo, cor ou símbolo que se pareça com algum signo da esquerda.

O extremismo e a barbárie sempre estiveram adormecidos no decorrer da história, a ignorância manipulada e a liderança negativa são as matizes de um ensaio brutal e desumano, receita das perseguições racistas e ideológicas. É o que fazem os congêneres de Regina Duarte, fruto da semente fascista que, na véspera de sua posse na Secretaria de Cultura, se vê ameaçada por olavistas, por ter exonerado funcionários da Secretaria e ter acenado pela indicação de quem não faz parte da árvore apodrecida. Entre os demitidos está o presidente da Funarte que afirmou que o “rock leva ao aborto e satanismo”.

‘Regina começou com o pé esquerdo’, ‘#ForaRegina’, ‘a esquerda vai recuperar o aparelhamento na cultura do país’, são alguns dos ataques dos revoltados pelas demissões dos indicados por Olavo de Carvalho, dublê de astrólogo, terraplanista e guru do bolsonarismo. Os nazifascistas dormiram com Regina fascista e acordaram com Regina comunista.

Ricardo Mezavila

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 04/03/2020
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