A utilização de dejetos como argumento
O prefeito do Rio, bispo Marcelo Crivella, em uma live nas redes sociais falando sobre as fortes chuvas que atingiram a cidade no final de semana, disse que “pessoas gostam de morar em áreas de risco porque gastam menos tubo para colocar cocô e xixi e ficar livre daquilo”.
Ano passado, ao ser questionado por repórteres se haveria possibilidade de desenvolvimento com preservação ambiental, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que quando se fala em poluição ambiental "é só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida".
Na cabeça do Crivella, gastar menos com tubos é o sonho de consumo de quem mora em área de risco; Já Bolsonaro avalia que, indo ao banheiro em dias alternados, o meio ambiente e, consequentemente, o mundo estará preservado. Como sociólogos e biólogos não perceberam isso antes?
O hábito de andar com a tampa aberta está nas ruas, a Presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman e sua filha de quatorze anos, foram atacadas com dejetos verbais expelidos por um casal fascista, quando saíam de um hotel na zona sul do Rio.
A utilização dos dejetos como linguagem para argumentação é desrespeitar a sociedade, além de mostrar descompromisso e incompetência para o cargo. A população tem que aprender a lição e nas próximas eleições gastar menos tubo com políticos do naipe de Marcello e Jair que, dia sim, dia não, fazem na vida pública aquilo que fazem na privada.
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Ricardo Mezavila