A ÚNICA LIBERDADE IMPOSSÍVEL.
O padrão do homem em seus rumos é a liberdade. Nada nem ninguém que tentar obstar esse maior bem humano conseguirá sucesso.
A liberdade inexistente, cujo seu beijo todos recusam, mas é a única certeza concreta enquanto se vive, motivadora das grandes questões que circularam desde udesde o aparecimento do homem, do mais rude e primevo ao mais aculturado e moderno, é a morte.
A liberdade é bem maior que a morte justamente porque se for suprimida aquela não há razão para esta ser superada.
Motor das ciências que procuram vencê-la, a morte é razão dos credos no encontro das verdades da fé, permanente vontade de eternização da vida, bem maior legado pela criação,que sem liberdade perde a razão.
Lucrécio instigado pela dúvida que assedia agnósticos dizia que deuses e credos foram criados por temor à morte.
Poucos se perguntam qual o limite da liberdade. Com a consciência do progresso civilizatório normativo, a barreira é a responsabilidade consciente.
Todos teríamos, em princípio, as liberdades conquistadas pela história do pensamento que forjou o ideário que conduz políticas e doutrinas ideológicas.
Na maior densidade política do pensamento, a liberdade individual está garantida pelo esforço, luta por direito, como gosto de dizer, entre suor, sangue e lágrimas.
Poucos dominadores, psicóticos que se pensaram salvacionistas e messiânicos, restringiram o livre-arbítrio negada até mesmo a liberdade de ir e vir. Sucumbiram.
De ordem natural incontrolável e não passível do exercício e manejo da liberdade, somente a morte domina a impossibilidade da escolha. E por um exclusivo motivo, ser também de ordem natural.
“Quando a morte existe nós não mais existimos” como advertia Epicuro, mas é preciso entender que há libertação para outros planos na subida para a montanha ao dissolver-se no sol e para a luz o invólucro que guardava a nobreza da alma; o pensamento. Ninguém tem liberdade diante da morte! Não há escolha.... A partir do nascimento do homem ele está pronto para morrer.....e ressurgir.
Essa a ausência de liberdade, imposta, não pelo homem, mas pelo que nos rege, a natureza, a mesma que concedeu a vida.
Abre-se a porta do desconhecido, que todos queriam antever.