OS MINEIROS DA FARMÁCIA

OS MINEIROS DA FARMÁCIA

Lendo no facebook, a matéria postada por Rui Fernandes Morgado, sobre o senhor Alípio Faria, antigo farmacêutico radicado em Santo André, fui incentivado a contar como foi a vinda dele para Santo André. Antes, devo dizer que, na época, eu morava na casa onde nasci em 1937, à rua Guilherme Marconi, 193, esquina com a rua Jorge Moreira, na região dos fatos. Meu falecido irmão Sebastião, entre os anos de 1946/1949, estudava no Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, de Campinas, em regime de internato. Lá ele conheceu uns mineiros, da região de Pouso Alegre, os irmãos Carlos, o Manoel, o Luciano, o Marco Aurélio, e não me lembro se mais algum. Ficaram muito amigos, de modo que, por volta de 1950, o pai deles, Seu Alípio de Faria, um dia veio em minha casa, junto com Dona Nair, sua esposa, a fim de que meu pai Antônio de Lima pudesse arranjar um terreno, pois tinha ele a intenção de se mudar para Santo André, e montar uma farmácia. Meu pai, sendo funcionário da Prefeitura, conhecia muito a cidade, e prometeu ajudá-lo! Pouco tempo depois, Seu Alípio voltou, viu o terreno que meu pai indicou, gostou, comprou-o, e construiu um enorme sobrado, onde a família veio morar, montando, também, a farmácia. A família era bem grande, composta pelo casal, cinco filhos e um filha, a Lúcia. Rubens, o mais velho dos filhos, vinha muito a Santo André, para acompanhar as obras, pois Seu Alípio tinha negócios lá em Minas. Inclusive trazia sua noiva Dirce, que ficava em minha casa. Já aqui estabelecidos, o Rubens, casado, o Carlos e o Manoel ficavam na farmácia, com o pai. O Luciano, primeiro trabalhou na International Harvest, fábrica de caminhões, e logo se casou com a Sônia, filha do Natalino Lamberti, amigo de meu pai e colega de Prefeitura, depois se estabelecendo com um armazém ali nas proximidades. O Marco Aurélio formou-se advogado, trabalhou na Volkswagen, e num escritório em São Bernardo do Campo. Infelizmente, veio a falecer precocemente; e a Lúcia casou-se com o português Estevão, antigo Irmão Marista. Inclusive, sendo muito amiga de minha irmã Guiomar, tornaram-se comadres.

Todavia, em poucos anos, a propriedade dos Faria foi vendida para o Dr. Celso da Gama, que montou o Hospital Cristóvão da Gama.

Hoje, que eu saiba, dos que vieram para Santo André, não deve ter nenhum aqui, a não ser algum descendente. O Rubens e sua mulher Dirce, já falecidos, têm um filho médico aqui radicado, o Manoel, o Carlos e a Lúcia, segundo consta, também faleceram. Nada sei sobre possíveis descendentes.

O Luciano e a esposa Sônia moram em Minas.

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 28/02/2020
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