FAMÍLIA LIMA- suas origens

FAMILIA LIMA – suas origens!

Desde a mais tenra idade, sempre ouvia falar tanto em minha casa, particularmente, ou quando dos encontros que nela aconteciam, com a presença dos irmãos de meu pai, que todos os Lima de São Bernardo do Campo, tiveram sua origem no Riacho Grande, ocupando eles diversos locais daquele recanto maravilhoso do Município. Cada ramo da grande árvore estabelecido num determinado lugar: os Oliveira Lima, da parte do Coronel, no local denominado Fazendinha, na hoje Índio Tibiriçá; os da família do Honório de Lima, e outros Lima, no hoje quilômetro 28 da Via Anchieta, na parte denominada Vila Balneária; e os Lima do lado de meu pai, Antônio de Lima, no chamado Sitio dos Quaglia, que ficava após a ponte do Rio Pequeno, do lado esquerdo de quem vai para Santos, um pouco antes do pedágio, lugar chamado Varginha.

Sempre tive a certeza de que quando se falava deles, mesmo entre os seus diversos membros, havia uma unidade de pensamento, segundo a qual todos pertenciam à mesma família. Sempre houve o tratamento carinhoso de tio, primo, e outras demonstrações nesse sentido.

Mas, a certeza de que havia o laço familiar, às vezes me era duvidosa, pois, a falta de

dados mais concretos, não permitia que assim eu pudesse pensar. Sempre afirmei, mesmo em meus escritos, ser parente do Coronel Oliveira Lima, sem dúvida o mais importante de seus membros, devido ao nome da principal rua de Santo André. Havia sempre a indagação, o que você é do Coronel? Da Gertrudes não, tinha certeza de ela ser minha bisavó, porque, eu tendo conhecido um filho dela, o tio de meu pai, Manuel Joaquim de Lima, o Maneco Teco, este afirmava isso, inclusive, sendo morador da rua com o nome da sua mãe.

Todavia, em 04 de janeiro deste ano de 2020, o Diário do Grande ABC fez publicar, na coluna Memória do Ademir Médici, uma reportagem sobre a família Lima, tendo sido entrevistado o Quirino de Lima, filho do ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Hygino Baptista de Lima.

Muito boa a reportagem, tendo o Quirino me aberto diversas janelas, das quais eu poderia me apegar, a fim de esclarecer a dúvida que sempre me perturbou: a família de meu pai pertencia a dos outros Lima, do Coronel, do Honório de Lima e demais?

Dias depois, o Quirino me enviou duas certidões da Mitra Diocesana, uma de óbito de Margarida Branca do Espirito Santo, e outra do casamento de João Antônio Pires, com a citada Margarida Branca do Espirito Santo. Nesta última, aparecem os nomes dos pais do noivo, Salvador Pires de Lima, e Francisca Nobrega de Jesus.

Além dessas contribuições, um auxiliar muito valioso foi uma caderneta que meu avô, Antônio Joaquim de Lima possuía, onde ele anotava as datas de acontecimentos mais importantes sucedidos em sua família, como nascimentos, casamentos, óbitos de seus familiares, e interessante, a data de quando saíram da Varginha, para vir morar em São Bernardo, no Largo da Matriz, em março de 1900. Essa caderneta está em meu poder!

Munido das datas nela constante, de falecimento do seu pai e da sua mãe, Joaquim Antônio de Lima e Gertrudes de Lima, fui à Mitra Diocesana de Santo André, que mantém, aliás muito bem cuidada, a guarda dos atos acontecidos na então Freguesia de São Bernardo, no século.XVIII. Um acervo muito valioso!

Obtive, então, com os dados por mim fornecidos, as certidões de casamento de Salvador Pires de Lima e Francisca Nobrega de Jesus, de casamento de Joaquim Antônio de Lima e Gertrudes Leopoldina de Jesus, de óbito de Joaquim Antônio de Lima, de óbito de Laurinda Bueno de Lima, de óbito de Antônio Joaquim de Lima, estes dois últimos meus avós paternos.

Tendo em mãos esses documentos, pude constatar que:

A) Na certidão de casamento de Salvador Pires de Lima com Francisca Nobrega de Jesus, consta que ele era viúvo de uma Gertrudes Maria do Espirito Santo, que não se confunde com a Gertrudes Leopoldina de Jezus, esta minha bisavó, que dá o nome à rua.

B) Confrontando as certidões de casamento de João Antônio Pires e Margarida Branca do Espirito Santo, me fornecidas pelo Quirino, com a de casamento de Joaquim Antônio de Lima e Gertrudes Leopoldina de Jesus, vemos que os dois varões são irmãos, filhos de Salvador Pires de Lima.

C) Como na reportagem de 04/01/2020 do Diário do Grande ABC, coluna Memória de Ademir Médici, o Quirino de Lima demonstra que o Coronel Oliveira Lima é filho de João Antônio Pires de Lima, chega-se, em conclusão, de que meu bisavô, Joaquim Antônio de Lima é tio do Coronel Oliveira Lima!

D) Joaquim Antônio de Lima, de acordo com sua certidão de óbito, também era conhecido como TECO!

Finalmente, então, minha dúvida quanto a ligação de minha família com a do Coronel Oliveira Lima, está devidamente esclarecida: Joaquim Antônio de Lima, meu bisavô, é tio do Coronel Oliveira Lima (*)!

(*) Coronel Oliveira Lima é o nome da principal rua de Santo André!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 28/02/2020
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