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A ÉTICA IMPUDICA DOS COPIADORES CONCUPISCENTES
Desculpem-me por ser incisivo nas minhas alegações preocupantes, mas tenho flagrado aqui neste Recanto uma onda de adeptos das afirmações de que nada se cria, tudo se copia, pois, segundo alegam, o que a gente escreve já foi escrito por outrem.
Não bastasse a adaptação do enunciado de Lavoisier para justificar o injustificável, trazem também textos outros nos quais se confunde decência com canalhice. Estranhe não se, no final do dia, esta crônica aparecer por aí com outro nome. Talvez não, porque esta temática é o dedo que acusa e, assim fazendo, estariam depondo contra si mesmos.
É fácil dar a si créditos alheios. Eu que suo os miolos para escrever alguma coisa que mereça ser lida, fico indignado quando vejo pessoas espertalhonas sugando o que não é seu sem a menor desfaçatez, acreditando que nunca serão desmascaradas. E fazem isso só pelo elogio e para despontar como a/o mais lida/o, como se isso valesse o Nobel de Literatura. Que graça tem ser elogiada/o por algo que, sabidamente, não é seu? Vejo aqui tanta gente se esforçando para construir uma literatura honesta e vêm esses escrotos se apossar do que não lhes pertence. Além de serem aéticos, são ladrões de propriedade intelectual.
Fiquemos atentos, pois. Pesquisem os textos quando notarem que foge ao estilo do autor. Só assim muita “gente boa” vai ser desmascarada.