SITUAÇÃO, CENTRO E OPOSIÇÃO

No jogo político podemos caracterizar a situação como o conjunto de mandatários alinhados e fiéis defensores da equipe governante, a oposição como o conjunto dos mandatários que são declaradamente contra os governantes e centro aquele conjunto de mandatários sem posição previamente definida que poderão, ou não, votar a favor das propostas apresentadas por um dos lados.

O ideal seria que todo o parlamento fosse de centro, que analisasse sem paixões partidárias ou ideológicas as mensagens do executivo para o cumprimento do programa de governo e apresentasse os seus próprios projetos tendo em vista o bem-estar geral e que os votos representassem a vontade da maioria.

Governar significa fazer opções; fazer oposição significa apresentar os defeitos e possíveis malefícios sobre algo a fim de evitar escolhas equivocadas capazes de prejudicar a maioria e, principalmente, apresentar alternativas.

Infelizmente o nosso parlamento está muito longe disso.

As sessões são verdadeiras brigas de moleques de rua, trocas de desaforos com um esfregando na cara do outro todas as roubalheiras e conchavos praticados por eles, insinuações de mal feitos e arranjos escusos que deixam às claras que nossos representantes não têm o preparo, nem as noções de cidadania, a maturidade, o conhecimento das leis e muito menos altruísmo.

É triste constatar, mas é isso que nós temos na esmagadora maioria dos nossos representantes nas três esferas do poder legislativo.

No poder central, temos agora um executivo republicano com programa de governo que objetiva, democraticamente, o bem-estar de todos pela recuperação da macroeconomia, do poder de compra das famílias, dos valores morais e sociais, no combate à criminalidade, na recuperação dos três níveis do ensino formal, na otimização da infraestrutura, da tecnologia e da integração nacional dos rincões isolados por rios e matas, etc.

No poder legislativo, infelizmente ainda minoria, temos representantes engajados na recuperação do país, mas como não soubemos fazer a faxina geral, ainda restam caciques e raposas felpudas da velha política do toma lá dá cá que engavetam propostas, atrasam decisões e acordos, dificultam formação de comissões, procrastinam votações essenciais e promovem toda sorte de artimanhas a fim de terem satisfeitos os seus desejos, por mais canalhas que sejam, além de selecionar a pauta legislativa pela óptica do conchavo em conluio com os líderes das trinta e tantas legendas partidárias.

O congresso brasileiro quando funciona é em apenas três dias, de terça a quinta feira, e nesse período pode-se ver parlamentares revoando pelos gabinetes e corredores, participando de comissões onde o que menos importa é o assunto em debate.

A maioria das vezes é a revelação das falcatruas dos antigos e dos atuais partidários e a troca de ofensas dentro dos padrões de tratamento exigido pelas casas.

É até risível ouvir-se os adjetivos bandido, ladrão, miliciano, capanga, etc. devidamente precedido de vossa excelência.

Por causa dessa morosidade, desse descaso com os anseios da população é que apesar de velha e em muitos pontos caduca, a nossa constituição de 1988 ainda tem artigos que precisam de leis complementares que nem sequer estão no papel, apesar dos mais de trinta assessores de cada parlamentar.

É também por isso que o poder executivo, para poder governar, é obrigado a editar medidas provisórias nas quais são colocados penduricalhos alheios à matéria, são derrubadas ou ignoradas quando tentam livrar o dinheiro dos contribuintes para a farra dos partidos esquerdopatas como o caso da redução do DPVAT e da carteira de estudante digital gratuita que seria emitida pelo MEC, mas que caducou sem que fosse instalada comissão para a sua análise.

Outras eleições virão e com o auxílio das redes sociais haveremos de alijar da vida pública esses sociopatas ladrões de consciências e de esperanças.