Dial
Dial
O The Weather Channel me fornece previsão gostosa como sorvete de chocolate - temperatura abaixo dos 27 graus até 11 de março.
Outro canal me conta que na China acontece striptease em pleno velório. Enquanto o defunto está esfriando uma mulher tira a roupa, dança, etc., não sei ao som de que música.
Dependendo do dia me sinto como que dentro de um desses elevadores moderníssimos que vão do térreo ao décimo quarto andar no espaço de um suspiro. Em dia diverso parece que estou no lombo de um burrico subindo uma colina infinita com calor de 100 Celsius.
Como eu simplesmente não entendo, percebo apenas gomos, como por exemplo o fato de criticar 10 da manhã não impede que 3 da tarde eu capitule e veja com novos olhos a opinião matinal. Isso também pode ser descrito como dinâmica, mas sim, lógico, se fossemos pegar ao pé da letra as tarjas “mente aberta” e “maleabilidade” entrariam no jogo. E existem ainda distintas versões.
A conclusão para o momento é que muito do que ouço e julgo compreender, na verdade, não é necessariamente o que se chamaria de notícia, porém uma indução ao como deve-se pensar. Cuidado que isso contagia, faz o casulo parecer mais confiável, ledo engano, ele não é singular e sim composto de inúmeras frações.
A despeito da atmosfera diária sinto e vejo com relativa clareza as várias partes, os componentes do meu ser e suas opiniões ora incestuosas, ora convergentes, ora desafinadas. Alguns aspectos se sobressaem, parecem refugiados buscando protagonismo ao invés de mera vivência ou sobrevivência, há os profetas de ar enfastiado que bradam em coro: o ser que não abre os olhos, não pode enxergar o que lhe é revelado. O sugerido é aceitá-los, abraçar cada fração como o filho pródigo, confesso torcer o nariz para uns tantos, gosto do reclamão por esporte que se compraz em piadinhas momentâneas felizes ou infectas, e tem aquele que às vezes se sente feito um milionário passeando folgazão, ultimamente como um saci, quem sabe consegue-se corrigir esse infortúnio, minhas partes esperançosas andam amuadas, o escuro se mescla com o claro, acho que pertence ao Tennessee Williams o dito, matem todos os meus demônios e meus anjos irão embora, algo assim, sou salvo por várias coisas ainda que tenha que enfrentar muitas outras e não raro baila uma visão para o que ainda não consegui, diáfana, cujo design me foge, quase alcanço, quiçá um otimista interpretaria como a sensação que acompanha o autor de toda grande invenção.
Risos.
Estou desde não sei quando esfregando essa lâmpada de Aladim chamada vida e qual, você pode assistir filmes do Bruce Lee e nem por isso vai sair lutando como ele.
Uma parte de mim gostaria de dizer para o espelho que, francamente, a imagem parece maior ao falar, do jeito que algumas pessoas conseguem enquanto não fingem dignidade e honra, mas antes quando realmente são feitas disso.
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O The Weather Channel me fornece previsão gostosa como sorvete de chocolate - temperatura abaixo dos 27 graus até 11 de março.
Outro canal me conta que na China acontece striptease em pleno velório. Enquanto o defunto está esfriando uma mulher tira a roupa, dança, etc., não sei ao som de que música.
Dependendo do dia me sinto como que dentro de um desses elevadores moderníssimos que vão do térreo ao décimo quarto andar no espaço de um suspiro. Em dia diverso parece que estou no lombo de um burrico subindo uma colina infinita com calor de 100 Celsius.
Como eu simplesmente não entendo, percebo apenas gomos, como por exemplo o fato de criticar 10 da manhã não impede que 3 da tarde eu capitule e veja com novos olhos a opinião matinal. Isso também pode ser descrito como dinâmica, mas sim, lógico, se fossemos pegar ao pé da letra as tarjas “mente aberta” e “maleabilidade” entrariam no jogo. E existem ainda distintas versões.
A conclusão para o momento é que muito do que ouço e julgo compreender, na verdade, não é necessariamente o que se chamaria de notícia, porém uma indução ao como deve-se pensar. Cuidado que isso contagia, faz o casulo parecer mais confiável, ledo engano, ele não é singular e sim composto de inúmeras frações.
A despeito da atmosfera diária sinto e vejo com relativa clareza as várias partes, os componentes do meu ser e suas opiniões ora incestuosas, ora convergentes, ora desafinadas. Alguns aspectos se sobressaem, parecem refugiados buscando protagonismo ao invés de mera vivência ou sobrevivência, há os profetas de ar enfastiado que bradam em coro: o ser que não abre os olhos, não pode enxergar o que lhe é revelado. O sugerido é aceitá-los, abraçar cada fração como o filho pródigo, confesso torcer o nariz para uns tantos, gosto do reclamão por esporte que se compraz em piadinhas momentâneas felizes ou infectas, e tem aquele que às vezes se sente feito um milionário passeando folgazão, ultimamente como um saci, quem sabe consegue-se corrigir esse infortúnio, minhas partes esperançosas andam amuadas, o escuro se mescla com o claro, acho que pertence ao Tennessee Williams o dito, matem todos os meus demônios e meus anjos irão embora, algo assim, sou salvo por várias coisas ainda que tenha que enfrentar muitas outras e não raro baila uma visão para o que ainda não consegui, diáfana, cujo design me foge, quase alcanço, quiçá um otimista interpretaria como a sensação que acompanha o autor de toda grande invenção.
Risos.
Estou desde não sei quando esfregando essa lâmpada de Aladim chamada vida e qual, você pode assistir filmes do Bruce Lee e nem por isso vai sair lutando como ele.
Uma parte de mim gostaria de dizer para o espelho que, francamente, a imagem parece maior ao falar, do jeito que algumas pessoas conseguem enquanto não fingem dignidade e honra, mas antes quando realmente são feitas disso.