INCERTEZAS TEMPORAIS
A mensagem mais proferida por Diógenes, amigo inseparável do camponês Domingos, nos momentos em que ele se refere à vida, ao trabalho e à correria do homem do campo e da cidade em relação ao mundo em que ora vivemos é que "ainda que demore um pouco, sempre haverá tempo".
Por ser uma pessoa que desconfia um pouco de tudo e de todos, o camponês Domingos tende a não acreditar nas palavras do seu grande amigo Diógenes, ou de quem quer que seja, sem antes esmiuçar um pouco sobre o assunto. Mais cauteloso nas suas atitudes e ações praticadas, tem dito a todo instante que "nada melhor que o caminhar do tempo para nos ensinar a ver a vida sem vendas, apesar dos percalços das suas idas e vindas".
Domingos, apesar de ser essa pessoa meio incrédula no que diz respeito ao acaso e seus efeitos benéficos ou maléficos, tende a ser um pouco mais prolixo que o seu amigo Diógenes e para provar que tem alguma certeza acerca da relatividade das ideias e ações provenientes dos seres humanos do passado, do presente e do futuro, ele assim se expressa:
- Mesmo que eu tenha que filosofar um pouco para me expressar melhor, entendo que a partir da descoberta da lei da relatividade através do grande cientista Albert Einstein, "nada neste mundo poderá ser considerado absoluto, logo, tudo pode ser absolutamente relativo" – e prossegue:
- Tomo como exemplo a questão de "procurar dar tempo ao tempo." Ora, se eu der muito tempo ao tempo, acabarei sem tempo suficiente para aproveitar bem o tempo que porventura me for proporcionado para vivê-lo intensa ou ociosamente.
- Mas, afinal, o que vem a ser essa questão de "aproveitar bem o tempo?”.
- Qual é a disponibilidade de tempo que tem cada um de nós?
- Somos escravos do tempo ocioso ou da falta de tempo?
Diógenes, por sua vez, acha que todo esse questionamento do seu amigo Domingos é um verdadeiro jogo de palavras e de frases de efeito, prontas para confundir... Por outro lado, entende que essa necessidade de se "aproveitar bem o tempo" tem sido uma questão muito complexa e extremamente discutível no mundo contemporâneo. Nenhum mortal consegue prever o montante de tempo que lhe cabe administrar durante sua existência e por isso ele procura fazer um alerta:
- Não devemos nos estressar, tentando apressar o tempo que entendemos ter disponível para cada um de nós. Tudo poderá ocorrer, naturalmente, no seu devido tempo.
- Entendo, ainda, que é de bom grado que façamos uma pausa agora e sempre, e absolutamente calmos, verifiquemos se nosso tempo é o suficiente para fazermos tudo o que ainda se encontra pendente no nosso pedestal de sonhos.
- Vale aqui salientar que é comum ouvirmos as pessoas afirmarem que "viver é hoje" e que "o futuro a Deus pertence", logo, se temos de viver o nosso dia a dia como se não houvesse o amanhã, o que há de interessante e alvissareiro nesse futuro incerto que teremos de vislumbrar pela frente, se não temos nenhum controle sobre o tempo?
- Desta forma, ante a esse quadro de incertezas e por não termos uma garantia daquilo que poderá ser o nosso dia de amanhã, é bom que tomemos alguns cuidados, ainda que para isso percamos algum tempo.
- Outrossim, é muito comum estarmos associando parte do nosso insucesso ou da falta de realização de parte de nossas metas a uma falsa alegação de falta de tempo, entretanto, é interessante que saibamos que, contrariamente à nossa vontade, o tempo é implacável e sempre urgirá.
- Assim sendo, reflitamos bem sobre o assunto "emprego do tempo" e mais convictos a respeito de sua importância, procuremos aproveitar de forma racional todo o tempo de que dispusermos, ainda que para isso corramos o risco de gastarmos todo o nosso tempo disponível com essas reflexões - concluiu.
Pensando cá com os meus botões, tentarei analisar friamente e com um pouco de calma, as considerações feitas por esses dois camponeses, mas, aí eu me pergunto:
- Será que ainda haverá algum tempo disponível? Sinceramente eu não sei, tenho cá minhas dúvidas, pois tudo dependerá de quem está com o controle do tempo...
Por ser uma pessoa que desconfia um pouco de tudo e de todos, o camponês Domingos tende a não acreditar nas palavras do seu grande amigo Diógenes, ou de quem quer que seja, sem antes esmiuçar um pouco sobre o assunto. Mais cauteloso nas suas atitudes e ações praticadas, tem dito a todo instante que "nada melhor que o caminhar do tempo para nos ensinar a ver a vida sem vendas, apesar dos percalços das suas idas e vindas".
Domingos, apesar de ser essa pessoa meio incrédula no que diz respeito ao acaso e seus efeitos benéficos ou maléficos, tende a ser um pouco mais prolixo que o seu amigo Diógenes e para provar que tem alguma certeza acerca da relatividade das ideias e ações provenientes dos seres humanos do passado, do presente e do futuro, ele assim se expressa:
- Mesmo que eu tenha que filosofar um pouco para me expressar melhor, entendo que a partir da descoberta da lei da relatividade através do grande cientista Albert Einstein, "nada neste mundo poderá ser considerado absoluto, logo, tudo pode ser absolutamente relativo" – e prossegue:
- Tomo como exemplo a questão de "procurar dar tempo ao tempo." Ora, se eu der muito tempo ao tempo, acabarei sem tempo suficiente para aproveitar bem o tempo que porventura me for proporcionado para vivê-lo intensa ou ociosamente.
- Mas, afinal, o que vem a ser essa questão de "aproveitar bem o tempo?”.
- Qual é a disponibilidade de tempo que tem cada um de nós?
- Somos escravos do tempo ocioso ou da falta de tempo?
Diógenes, por sua vez, acha que todo esse questionamento do seu amigo Domingos é um verdadeiro jogo de palavras e de frases de efeito, prontas para confundir... Por outro lado, entende que essa necessidade de se "aproveitar bem o tempo" tem sido uma questão muito complexa e extremamente discutível no mundo contemporâneo. Nenhum mortal consegue prever o montante de tempo que lhe cabe administrar durante sua existência e por isso ele procura fazer um alerta:
- Não devemos nos estressar, tentando apressar o tempo que entendemos ter disponível para cada um de nós. Tudo poderá ocorrer, naturalmente, no seu devido tempo.
- Entendo, ainda, que é de bom grado que façamos uma pausa agora e sempre, e absolutamente calmos, verifiquemos se nosso tempo é o suficiente para fazermos tudo o que ainda se encontra pendente no nosso pedestal de sonhos.
- Vale aqui salientar que é comum ouvirmos as pessoas afirmarem que "viver é hoje" e que "o futuro a Deus pertence", logo, se temos de viver o nosso dia a dia como se não houvesse o amanhã, o que há de interessante e alvissareiro nesse futuro incerto que teremos de vislumbrar pela frente, se não temos nenhum controle sobre o tempo?
- Desta forma, ante a esse quadro de incertezas e por não termos uma garantia daquilo que poderá ser o nosso dia de amanhã, é bom que tomemos alguns cuidados, ainda que para isso percamos algum tempo.
- Outrossim, é muito comum estarmos associando parte do nosso insucesso ou da falta de realização de parte de nossas metas a uma falsa alegação de falta de tempo, entretanto, é interessante que saibamos que, contrariamente à nossa vontade, o tempo é implacável e sempre urgirá.
- Assim sendo, reflitamos bem sobre o assunto "emprego do tempo" e mais convictos a respeito de sua importância, procuremos aproveitar de forma racional todo o tempo de que dispusermos, ainda que para isso corramos o risco de gastarmos todo o nosso tempo disponível com essas reflexões - concluiu.
Pensando cá com os meus botões, tentarei analisar friamente e com um pouco de calma, as considerações feitas por esses dois camponeses, mas, aí eu me pergunto:
- Será que ainda haverá algum tempo disponível? Sinceramente eu não sei, tenho cá minhas dúvidas, pois tudo dependerá de quem está com o controle do tempo...