Crônica de um assassino
Minhas mãos manchadas de sangue padecem no inferno diante do olhar puro e infantil
O peso da imagem reflete sobre o vazio do presente que apagou um passado
Sorrisos se contorcem diante de uma piada
Uma piada trágica que se traça diante dos meus olhos, um corpo pálido e duro diante dos meus pés com o sangue sob o chão escorrendo em meus pensamentos tão escuros
Um assassino que surgiu na primeira morte da esperança
Um som estridente que apagou uma existência
Um vazio que surgiu entre as trevas numa realidade crua.
Olho para o corpo jazido em meus pés, olho para uma carne se apodrecendo enquanto vejo fluir minha vida através da morte constante... Saio devagar com meus passos acompanhando a escuridão de meu vazio.